Moradores ajudaram a socorrer passageiros de ônibus que caiu de ponte
Não há informações de mortos, e três vítimas mais graves conseguiram vaga em Campo Grande
Na manhã desta terça-feira (29), um ônibus com cerca de 40 trabalhadores caiu de uma ponte na MS-436, no distrito de Pontinha do Cocho, na divisa entre Camapuã e Figueirão. Moradores ouviram o barulho do acidente e correram para ajudar as vítimas antes da chegada das equipes de saúde.
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Um ônibus com aproximadamente 40 trabalhadores caiu de uma ponte na MS-436, no distrito de Pontinha do Cocho, entre Camapuã e Figueirão, na manhã desta terça-feira (29). Moradores da região, incluindo duas enfermeiras, prestaram os primeiros socorros às vítimas antes da chegada das equipes de emergência. Das 35 pessoas socorridas, dez foram encaminhadas para Figueirão, 13 para Camapuã e três para Campo Grande, sendo que duas apresentavam quadros mais graves: uma com pulmão perfurado e outra com traumatismo craniano. Os passageiros seriam trabalhadores da região Nordeste, atuando temporariamente em obras de empresas de celulose no Mato Grosso do Sul.
Um morador, que preferiu não se identificar, contou que estava em casa, a cerca de 100 metros do local, quando ouviu o impacto. Ao chegar à ponte, encontrou outros moradores auxiliando no resgate das vítimas. Cerca de 20 pessoas do distrito, entre elas duas enfermeiras, retiraram todos os ocupantes do veículo pela primeira janela de emergência do lado direito.
Segundo o morador, os passageiros pediam socorro, e no momento em que os moradores chegaram, a água não tinha invadido o ônibus. O temor era de que, com o córrego cheio por causa das chuvas, os ocupantes corressem risco de afogamento.
“Aqui nós somos todos unidos”, comentou o homem, acrescentando que a principal dificuldade foi retirar as vítimas pelo barranco. “Tinha um homem que quebrou o braço, a gente não podia nem ‘relar’ nele.”
Ele afirma que a estrada apresenta problemas há anos e costuma ficar alagada em dias de chuva, dificultando a visão dos buracos na via. O homem acredita que o acidente tenha ocorrido por excesso de velocidade, possivelmente após o ônibus atingir um buraco, o que teria feito o motorista perder o controle do veículo, ou por falha em algum equipamento. No entanto, não há confirmação oficial sobre a causa.
O primeiro atendimento médico veio de Figueirão, seguido por ambulâncias de Camapuã e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros também foram acionadas.
Conforme informações obtidas pela reportagem, 35 pessoas foram socorridas. Dez foram encaminhadas para Figueirão, sem risco de vida; 13 para Camapuã; e três conseguiram vaga em Campo Grande. Inicialmente, havia a informação de que 11 vítimas teriam sido levadas para Costa Rica, mas a equipe não conseguiu confirmar.
O prefeito de Camapuã, Manoel Nery (PP), informou que, entre os três pacientes transferidos para Campo Grande, um teve o pulmão perfurado e outro sofreu traumatismo craniano. Apesar da gravidade, o estado de saúde de ambos era estável, segundo ele.
Nery acrescentou que a prefeitura disponibilizou um médico para reforçar a equipe do hospital municipal, que opera com número reduzido de profissionais, e que os pacientes que estão no município também estão estáveis.
O morador disse ainda que cerca de seis pessoas não tiveram ferimentos. Ele não soube precisar o número exato de passageiros, mas estima que o ônibus transportava cerca de 40 trabalhadores. Segundo o site Navega MS, os ocupantes seriam da região Nordeste e estariam temporariamente em Mato Grosso do Sul para atuar em obras de empresas de celulose.
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