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Economia

A três meses do Natal, expectativa do comércio é de movimentar R$ 300 mi

A estimativa é de que sejam abertas entre 4,5 mil a 5,5 mil vagas temporárias

Anny Malagolini | 25/09/2016 08:36
Loja de aviamentos já decorou a fachada em clima natalino (Foto: Fernando Antunes)
Loja de aviamentos já decorou a fachada em clima natalino (Foto: Fernando Antunes)

Faltam exatos três meses para o Natal, tradicionalmente o melhor período para as vendas, e a expectativa do comércio varejista é de movimentar R$ 300 milhões na economia de Mato Grosso do Sul, segundo a Faems (Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul). 

A aposta alta para 2016 depois de um ano difícil para o comércio, conforme a federação sul-mato-grossense, é com base na campanha de Natal, que tem início em novembro. O diretor executivo Clodoaldo Martins, explicou que a cada R$ 50 em compras em lojas participantes da promoção, o cliente receberá uma ticket e, com isso, puderam chegar a um número aproximado de movimentação para o fim do ano.

O número é superestimado em relação ao ano passado, quando a estimativa de movimento era de R$ 174,8 milhões, e o preço médio a ser gasto com presentes era de, no máximo, R$ 135. Entretanto, o levantamento da época foi realizado pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul).

A economista DaniellaFarinella, disse acreditar que o saldo de 2016 deve ser igual ou maior que o ano anterior, e explicou: “O índice de confiança do empresário teve aumento de 13%, embora não seja o ideal, mas demostra melhora. E vale destacar que o setor da informática e construção civil foram os principais afetados nos últimos meses, e puxaram a queda, enquanto os outros setores mantiveram o saldo positivo com a receita gerada”.

Outro indicador de que o Natal será bom para o comércio em 2016, segundo Daniella, é a quantidade de vagas para empregos temporários “que costumam sinalizar se o comércio está aquecido ou não”. A estimativa é de que sejam abertas entre 4,5 mil a 5,5 mil vagas temporárias, contra 5 mil ofertas no ano passado. Somente em julho deste ano, segundo a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), foram contratados 353 vendedores para o comércio varejista.

Para a economista, uma das maneiras de transformar a estimativa em um efeito real, dependerá da visão do próprio comerciante. “Preço, atendimento e qualidade, são estratégias a serem trabalhadas”, recomendou.

Independentemente do otimismo em números para as vendas de Natal, o ano foi marcado por demissões e saldos negativos, e, pelo menos em Campo Grande, a expectativa de comerciantes parece não ser alta, motivado por dados reais. O último levantamento do IBGE, por exemplo, mostrou que em julho as vendas tiveram recuo de 0,5% em relação ao mês anterior.

Para o gerente Antônio Marques, 41 anos, que há dez anos trabalha no comércio de eletrodomésticos, os últimos meses foram, no mínimo, assustadores. Ele revela que metade da equipe foi demitida, e a última esperança é o Natal. "Pessoal não compra porque está sem dinheiro mesmo. Estão pagando contas, mas com o 13º na mão o povo começa a comprar, mesmo que de última hora", opinou.

O ano difícil nas vendas também chegou ao setor do vestuário, como informou a vendedora Nathalia Bárbara, 26 anos, que também é menos otimista em relação a movimentação de fim do ano. "Acho difícil o Natal dar conta de salvar a perda de todo o ano, pode ter aumento, mas nada que se compare a outros anos", comentou.

Natal - Apesar das incertezas sobre as vendas e a movimentação do comércio, a aproximação do fim do ano já tem animado comerciantes, e em Campo Grande, tem até vitrine de loja apresentando sinais de que o Natal está mais perto de que muita gente imaginava.

A loja de aviamentos São Gonçalo é uma delas. Árvores de Natal, papai noel e luzes estão decorando a vitrine do espaço desde o início de setembro. A administração do empreendimento informou que normalmente os acessórios natalinos são colocados em outubro, mas neste ano, decidiram adiantar a decoração, e emendaram a festa julina com o Natal. "Todo cliente que entra leva um susto. Ninguém se deu conta que estamos tão próximos do Natal", contou uma vendedora.

Decoração de Natal antecipada na Capital (Foto: Fernando Antunes)
Decoração de Natal antecipada na Capital (Foto: Fernando Antunes)
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