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Economia

Além da fé: tradicional novena garante sustento de vendedores ambulantes

Mais de 10 vendedores ambulantes incrementam a renda vendendo na entrada da igreja Perpétuo Socorro às quartas-feiras

Elci Holsback | 14/12/2016 12:47
Nesta manhã, 14 vendedores ambulantes dividiam a calçada da igreja (Foto: Elci Holsback)
Nesta manhã, 14 vendedores ambulantes dividiam a calçada da igreja (Foto: Elci Holsback)

Tradicional há cerca de 50 anos em Campo Grande, a novena da igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada na avenida Afonso Pena é também uma oportunidade de renda para vendedorem ambulantes, que dividem espaço na calçada em busca de oportunidade para vender seus produtos aos cerca de 25 mil fiéis que passam pelo santuário toda quarta-feira.

Nesta quarta-feira (14), entre as 9h e 10h havia no local 14 vendedores ambulantes no entorno da igreja e a pipoca é o produto mais vendido. Seis carrinhos vendem a guloseima, além dos três com água, dois de algodão doce, um de chipa, um de produtos religiosos e ainda uma barraca de verduras e legumes orgânicos.

Há 40 anos o pipoqueiro Belarmino Pereira Santos, 70 anos tem lugar garantido na entrada da igreja e a renda das vendas das pipocas durante a novena garantem cerca de R$ 2 mil ao mês. "Chego às 6h e fico até às 22h, dá para fazer até uns R$ 500 por dia e é a maior parte da minha renda. Quando não estou aqui vendo na Praça Ary Coelho, que agora é fraco, dá para tirar uns R$ 800 lá por mês", conta o vendedor que também trabalha na porta da igreja aos domingos, sempre nas missas vespertinas.

O pipoqueiro acompanha as mudanças dentro e fora do santuário e nessas quatro décadas, percebeu aumento no número de vendedores na calçada. "Quando comecei era só eu aqui, mas depois foi vindo um e outro, uns aposentaram, outros morreram, mas tem gente aqui há mais de dez anos, já são tradicionais", relata.

Duas vezes por semana, a vendedora de algodão doce Rosa Maria Abud, 63 anos chega por volta das 9h e trabalha na porta da igreja até às 21h. A rotina se repete há 13 anos e a média de venda do produto, comercializado a R$ 4 é de 35 unidades, o que garante à Rosa média de R$ 150 por novena. Nos demais dias da semana ela trabalha em feiras da cidade. "Tem dias bons e ruins, mas é garantido aqui, o importante é trabalhar", comenta.

Pipoqueiro Belarmino trabalha há 40 anos na porta da igreja (Foto: Elci Holsback)
Pipoqueiro Belarmino trabalha há 40 anos na porta da igreja (Foto: Elci Holsback)

Há 40 anos o pipoqueiro Belarmino Pereira Santos, 70 anos tem lugar garantido na entrada da igreja e a renda das vendas das pipocas durante a novena garantem cerca de R$ 2 mil ao mês. "Chego às 6h e fico até às 22h, dá para fazer até uns R$ 500 por dia e é a maior parte da minha renda. Quando não estou aqui vendo na Praça Ary Coelho, que agora é fraco, dá para tirar uns R$ 800 lá por mês", conta o vendedor que também trabalha na porta da igreja aos domingos, sempre nas missas vespertinas.

O pipoqueiro acompanha as mudanças dentro e fora do santuário e nessas quatro décadas, percebeu aumento no número de vendedores na calçada. "Quando comecei era só eu aqui, mas depois foi vindo um e outro, uns aposentaram, outros morreram, mas tem gente aqui há mais de dez anos, já são tradicionais", relata.

Duas vezes por semana, a vendedora de algodão doce Rosa Maria Abud, 63 anos chega por volta das 9h e trabalha na porta da igreja até às 21h. A rotina se repete há 13 anos e a média de venda do produto, comercializado a R$ 4 é de 35 unidades, o que garante à Rosa média de R$ 150 por novena. Nos demais dias da semana ela trabalha em feiras da cidade. "Tem dias bons e ruins, mas é garantido aqui, o importante é trabalhar", comenta.

De água a produtos orgânicos, ambulantes tem vanda garantida durante a novena (Foto: Elci Holsback)
De água a produtos orgânicos, ambulantes tem vanda garantida durante a novena (Foto: Elci Holsback)

Feira na porta da igreja - Verduras e legumes orgânicos vendidos a R$ 3 o pacote ou unidade é outra opção encontrada pelos fieis que frequentam a novena. Há oito meses uma barraca de produtos orgânicos da cooperativa Organocoop se instalou no local, onde são comercializados produtos de cinco pequenos produtores da cidade.

"Vendemos em média 350 produtos por dia de novena, ainda estamos na fase das pessoas conhecerem, mas acreditamos que ainda vai aumentar, são 25 mil pessoas por dia aqui e se cada um comprasse um produto, as vendas seriam muito acima", comenta a vendedora Neusa Durães. Por dia a média de lucro da barraca é de R$ 1 mil.

A aposentada Maria Adelaide Souza, 72 anos é uma das fiéis sempre presente nas novenas e nos carrinhos de pipoca. Após a oração, compra o produto e gosta do conforto e da variedade de opções. "É bom, tem de quase tudo aqui na frente, fácil comprar", avalia.

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