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Economia

Área vira "queridinha" de construtoras e apartamento já custa R$ 2 milhões

Zana Zaidan | 20/01/2014 08:32

Enquanto do lado de dentro adultos e crianças, atletas e moradores aproveitam os atrativos do Parque das Nações Indígenas, do lado de fora, quem investiu em imóveis na região só tem o que comemorar. Em dois anos, a valorização do metro quadrado da região ultrapassou 57%, conforme números do Secovi/MS (Sindicato da Habitação). Hoje, para morar no entorno do parque, só quem tiver no mínimo R$ 2 milhões na conta.

Os números positivos do setor imobiliário fizeram da região a mais visada pelas grandes construtoras. Quem passa por ali, vê as obras dos novos empreendimentos em andamento e o presidente do Secovi/MS estima que, em não mais que dois anos, o metro quadrado salte dos atuais R$ 5,5 mil para R$ 7 mil.

No entorno do Parque das Nações, obras e edifícios já concluídos tomam a paisagem o "Ibirapuera de Campo Grande" (Foto: Cleber Gellio)
No entorno do Parque das Nações, obras e edifícios já concluídos tomam a paisagem o "Ibirapuera de Campo Grande" (Foto: Cleber Gellio)

“O Parque das Nações é o nosso Ibirapuera. O verde e pistas de caminhadas, tanto do lado de dentro quanto na avenida Afonso Pena, atraem qualquer um. Porque comprar ali não é só morar, mas investir”, compara o presidente do Secovi/MS, Marcos Augusto Netto, com o reduto paulista dos imóveis de alto padrão para quem coloca a qualidade de vida em primeiro lugar.

“Fora o parque, é uma região autossuficiente. Saindo de casa a pé, você tem todos os serviços por perto. Escolas, padarias, restaurantes, farmácias, bancos, transporte público acessível, e um shopping, com cinema e todo tipo de loja. Esses são os fatores que mais pesam tanto para a construtora como para o comprador”, acrescenta.

O mercado – O Grupo Plaenge reforça os motivos para apostar na região. No entorno do Parque das Nações, o primeiro empreendimento foi entregue em maio de 2011, o Le Corbusier, na Antônio Maria Coelho.

O vizinho é o condomínio Arts de France Residence, cuja primeira das duas torres foi entregue em outubro do ano passado, e a próxima está prevista para o final deste ano.

"Fazemos pesquisas de mercado para entender onde as pessoas querem morar. Uns querem um lar perto da universidade, outros perto do Centro, mas o desejo da maioria é perto do parque”, aponta o gerente regional da Plaenge em Campo Grande, Luiz Octávio Pinho.

Na área mais nobre da cidade, o prédio da Plaenge é para quem pode pagar R$ 2milhões (Foto: Arquivo)
Na área mais nobre da cidade, o prédio da Plaenge é para quem pode pagar R$ 2milhões (Foto: Arquivo)
Maquete do Passarela; construtora carioca também apostou na região do Parque (Foto: Arquivo)
Maquete do Passarela; construtora carioca também apostou na região do Parque (Foto: Arquivo)

Ele explica que, por lá, os imóveis construídos são de alto padrão (com itens como fitness center, sauna, sala de repouso e de massagem, quadra de tênis), por isso, não saem por menos de R$ 2 milhões. “E construir um prédio top de linha valoriza a região, além de atrair outras empresas. O entorno do parque hoje é mesmo o espaço mais cobiçado”, acrescenta.

A paulista Helbor é outra que aposta no Parque, e chega para concorrer com a então soberana Plaenge na área nobre da cidade. Na rua Tabelião Murilo Rolim, a previsão de inauguração do Passarela Park Prime é 2016, com apartamentos com preços pouco menos salgados, entre R$ 650 mil e R$ 850 mil, mas ainda voltados para a classe média alta, com home cinema, miniarvorismo para as crianças e pet place.

Motivo que levou a incorporadora a apontar a região como “estratégica”. “A área sofreu modificações importantes nos últimos cinco anos, os melhores empreendimentos estão instalados próximos daqui, além do acesso às principais avenidas da cidade”, pontua o diretor da Setin, uma das empresas da incorporadora, Antônio Setin.

Verde do Parque é atrativo para quem busca qualidade de vida (Foto: Arquivo)
Verde do Parque é atrativo para quem busca qualidade de vida (Foto: Arquivo)

Do outro lado da moeda, quem mora corrobora a tese dos especialistas do mercado imobiliário. “Moro há pouco mais de três anos e recomendaria cegamente. Posso estar sempre no parque, caminhando. É próximo ao centro, ao shopping, proporciona uma qualidade de vida fantástica e não tenho dúvida de que seja um excelente local para investir”, opina o advogado Denner Mascarenhas, 40 anos, que mora em frente ao parque.

O começo – Apesar de sinônimo de qualidade de vida, o “divisor de águas” que conceituou a região do Parque como o metro quadrado mais caro da cidade, foi a inauguração do shopping Campo Grande, há 24 anos.

“Antes, a cidade acabava ali. Foi a chegada do shopping, o primeiro de Campo Grande, que atraiu comerciantes e trouxe infraestrutura, avenidas, asfalto, o que deram o ‘start’ para a valorização da região. Esse processo de urbanização atraiu as incorporadoras, que começaram a anunciar o parque como atrativo para seus empreendimentos”, acredita Netto.

Urbanização e valorização imobiliária chegou ao entorno do Parque após inauguração do shopping (Foto: Roberto Higa)
Urbanização e valorização imobiliária chegou ao entorno do Parque após inauguração do shopping (Foto: Roberto Higa)
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