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Economia

Dólar segue movimento no exterior e sobe ante o real na expectativa com Fed

Niviane Magalhães, do Estadão Conteúdo | 18/09/2017 19:20

Em dia de noticiário interno mais ameno, o dólar operou em alta nesta segunda-feira, 18, atrelado ao exterior. Lá fora, a moeda americana deu continuidade ao movimento de correção iniciado na semana passada, especialmente ante moedas emergentes e ligadas a commodities, com os investidores na expectativa pelo principal evento da semana: a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). De acordo com profissionais, o mercado segue focado na possibilidade de o Fed anunciar a redução de seu balanço patrimonial, ou quem sabe um cronograma para isso, em busca, ainda, de pistas sobre uma nova elevação de juros nos EUA

Segundo o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, o movimento de correção do dólar começou na semana passada, uma vez que os investidores estavam fortemente vendidos acreditando em uma queda acentuada da divisa. "No entanto, a projeção de gastos com o furacão Irma é menor do que a estimada anteriormente e a percepção de avanço da economia global contribuiu para a realização de lucros", explicou.

De acordo com economistas entrevistados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o Fed deverá anunciar o início do processo de redução de ativos financeiros (atualmente em US$ 4,5 trilhões), que poderá começar já neste mês ou no máximo em outubro. Embora não seja esperada uma alta de juros nesta reunião - que começa amanhã e termina quarta-feira -, o comunicado deve sinalizar que existe grande chance de as taxas subirem em dezembro, sobretudo porque a inflação tem ganhado força, diante da recuperação econômica e mercado de trabalho muito próximo do pleno emprego.

O operador da H.Commcor aponta que existe muita dúvida em relação ao tamanho desta redução, "o que tem gerado cautela". Além disso, há quem não acredite em um movimento de alta de juros neste ano. "O efeito dos furacões deve provocar um recuo do PIB para a região de 2% neste trimestre, fato que não deverá permitir o Fed subir os juros este ano", pontuou o diretor da Wagner Investimentos, José Raimundo Faria Júnior, em relatório.

No âmbito interno, o dia hoje foi de calmaria no noticiário e agenda de indicadores esvaziada. Especialistas do mercado disseram que o discurso de posse da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o do presidente Michel Temer foram dentro do esperado, ressaltando que suas ações tendem a ser mais cautelosas do que as de Rodrigo Janot.

No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,66%, aos R$ 3,1338. O giro financeiro somou US$ 1,94 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1094 (-0,12%) e, na máxima, aos R$ 3,1363 (+0,74%).

No mercado futuro, o dólar para outubro subiu 0,79%, aos R$ 3,1430. O volume financeiro movimentado somou US$ 17,98 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1155 (-0,09%) a R$ 3,1430 (+0,78%).

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