ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 32º

Economia

Estudo vê prejuízo em acordo com frigorífico

Redação | 23/07/2009 17:00

Análise do plano de recuperação judicial do Independência feita pelos departamentos técnico e jurídico da CNA (Confederação Nacional de Agricultura) traz um alerta aos pecuaristas que têm créditos a receber do frigorífico.

O relatório prevê um prazo prolongado para pagar as dívidas aos credores e condiciona o pagamento à contração de empréstimo, de R$ 330 milhões, segundo o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira

Ele veio a Campo Grande para informar e ouvir os pecuaristas do Estado na Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e alertou que é preciso observar "os pontos e as vírgulas" do plano no que diz respeito às condições de pagamento.

Sobre o que foi divulgado na mídia quanto às condições de negociação e o que está previsto no plano, Antenor disse "tem muita coisa errada".

Uma delas, disse é que não há previsão de pagamento à vista a credores que têm até R$ 80 mil para receber, ou seja, 63% dos credores do frigorífico. A previsão é de pagamento em dezembro de 2010 e condicionada à contração de financiamento. Outro ponto destacado por Antenor é que esses pecuaristas teriam que continuar fornecendo gado à indústria.

Tanto Antenor quanto representantes da Famasul fizeram questão de reforçar várias vezes que a decisão sobre o plano partirá dos produtores, após assembléias em todos os estados onde há credores e também de destacar que a intenção "não é quebrar o Independência". O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande e da Comissão Estadual de Pecuária de Corte, José Lemos Monteiro, chegou a falar que a indústria também sofre com altas cargas tributárias, mas Antenor rebateu que os tributos atingem a todos e, para ele, a questão é de gerenciamento.

Após a reunião em Mato Grosso do Sul, haverá outras em Goiás, Rondônia e Mato Grosso e, se em todos os produtores manifestarem contrariedade ao plano, será elaborada uma contraproposta. A indústria deve pagamento referente a 30 mil cabeças de boi no Estado, segundo estimativa de José Lemos Monteiro. São R$ 179 milhões devidos a pecuaristas de todo o País.

Prejudicado

Nos siga no Google Notícias