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Economia

Ministro mantém regras e construtores pedem ajuda para não demitir 14 mil

Elci Holsback | 01/11/2016 15:43
No fim do mês passado, empresários protestaram na Câmara. (Foto: Richelieu de Carlo)
No fim do mês passado, empresários protestaram na Câmara. (Foto: Richelieu de Carlo)

Ao contrário do que era esperado pelos trabalhadores da construção civil, o Governo Federal não voltou atrás quanto as novas regras de financiamento pelo programa Minha Casa Minha vida. A nova portaria não agradou o setor já que mantém as regras, que incluem asfalto na rua do imóvel e a venda só por pessoas jurídicas. 

Publicada em 27 de outubro, a portaria n° 539 mantém as regras e apenas amplia o prazo para cumprimento, para 31 de dezembro de 2017. Construtores estão se mobilizando para cobrar mudança da bancada federal de MS, além disso uma Audiência Pública na próxima sexta-feira (4), na Câmara Municipal de Campo Grande, vai debater o tema.

"Essa situação resultará em grande impacto negativo para a economia. É um absurdo e irrelevante se a residência é construída em uma rua sem asfalto, já que sabemos que primeiramente os bairros se desenvolvem, apresentam melhorias e posteriormente a prefeitura investe em pavimentação e não o contrário", destaca o construtor Adão Castilho, que também é membro do Movimento dos Construtores de Mato Grosso do Sul.

O construtor estima que tais mudanças resultarão de imediato em 14 mil postos de trabalho a menos no segmento, entre pedreiros, mestres de obras, carpinteiros e serralheiros, entre outros. Indiretamente, construtores, lojas de materiais de construção e prestadores de serviços também sofrerão com a nova medida. "Queremos a revogação ou revisão dessas medidas. Não há nada de positivo nelas e o resultado negativo impactará em toda a sociedade", avalia Castilho.

O movimento da categoria já acionou a bancada federal do Estado em busca de audiência com o ministro das Cidades. Os deputados Carlos Marun (PMDB), Luiz Henrique Mandeta (DEM) e Tereza Cristina Corrêa da Costa (PSB)receberam a reivindicação do Movimento e, segundo Castilho, se mostraram receptivos à questão.

"Agora aguardamos a data para ir à Brasília apresentar nossas reivindicações, mas primeiramente vamos reunir diversos representantes dos setores afetados na Audiência desta sexta-feira", finaliza o construtor.

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