Na véspera, comércio tem queda no movimento e presente de última hora
“Somos brasileiros”, brinca cliente que foi fazer as compras um dia antes do feriado de Natal
Véspera do Natal, a terça-feira (dia 24) é marcada por procura de presentes de última hora, principalmente para as crianças e amigo secreto. No Centro de Campo Grande, quem foi à Rua 14 de Julho, principal corredor comercial, precisou enfrentar o calor de 30ºC, mas menos movimento em comparação aos últimos dias. No Shopping Campo Grande, por volta das 11h, a reportagem verificou pouco público e apenas um ponto com fila.
Circulando pela 14 de Julho, via que foi revitalizada, o casal Irajara Amaral e Márcia Chiquin, ambos de 50 anos, foi comprar presentes e visitar a nova 14. Sobre deixar para a última hora, Irajara afirma que seguiu a tradição nacional do adiamento. “Somos brasileiros”, brincou.
O casal foi comprar presente para o afilhado e aproveitou para passear pelas calçadas mais espaçosas. Conhecer a obra de revitalização também animou o engenheiro agrônomo Carlos Arcângelo, 41 anos, a ir até ao Centro. Morador de Sorriso, no Mato Grosso, ele estava em busca do presente para o amigo secreto.
A funcionária Ecléia Bini, 42 anos, também veio de fora. Moradora em Bandeirantes, a 70 km da Capital, ela aproveitou que as lojas estão aberta na véspera do Natal. Ela conta que vai presentear filhos, cunhados, sobrinhos. “Vim comprar de última hora porque recebi de última hora. Mas pelo menos deu para vir no último dia”.
A cabeleireira Maria Antônia Marcondes, 76 anos, disse que deu uma rápida saída do trabalho para garantir o presente do amigo secreto. “O trabalho absorve muito e a gente acaba esperando a hora que dá”.
Vendedora de uma loja de cosméticos, Brenda Silva, 23 anos, compara que o movimento está inferior aos últimos dias. “Hoje está mais tranquilo para comprar, mas, talvez, o movimento aumente à tarde. O horário estendido até às 22h ajudou bastante a antecipar as compras”, diz.
A queda nas compras nesta terça-feira também foi percebida por Diego Dias, que tem box de calçados no Camelódromo. “A tendência era vender mais de R$ 3 mil por dia. Hoje está batendo a casa de R$ 2 mil. No ano passado, a gente não conseguia nem comer direito”, afirma. Para Diego, um dos fatores que reduziu o público no Centro é o crescimento do comércio nos bairros.
No calorão, a vendedora ambulante Fátima Alves, 47 anos, tem lucro certo com a venda de garrafa de água. “O movimento está bom e vou conseguir a grana extra para comer carne de porco assada”. Na região central, a segurança é feita por equipes da PM (Polícia Militar) e Guarda Municipal.
Em cinco minutos, a reportagem avistou três viaturas circulando pela 14 de Julho. Fiscais da Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) inibem os ambulantes. Nesta véspera de Natal, o comércio central funciona até às 18h.
Tranquilo – No Shopping Campo Grande, os corredores vazios propiciaram passeio em família. Em companhia das duas filhas, a advogada Anúncia Regina Muniz Lopes, 40 anos, conta que vai comprar metade dos presentes no shopping e metade no Centro.
A relações públicas Kika Costa, 40 anos, foi comprar presentes para as crianças da família. “Achei os preços mais baratos do que no Centro”. Ela estava no único ponto com fila do centro comercial. O serviço era para a troca de cupons para concorrer a prêmios. O Shopping Campo Grande fica aberto até às 18h desta terça-feira. Clique aqui para conferir o abre e fecha.
