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Economia

Para driblar concorrência, empresário baixa preço e vende chipa a R$ 0,89

Mariana Rodrigues | 17/11/2015 14:40
Nos dias de promoção, a chipa é vendida por R$0,89. (Foto: Pedro Peralta)
Nos dias de promoção, a chipa é vendida por R$0,89. (Foto: Pedro Peralta)

A chipa vendida a R$ 1 virou moda em Campo Grande e hoje ela pode ser encontrada em todos os bairros da Capital. O salgado de origem paraguaia tem fácil aceitação do público e por isso se tornou uma alternativa para se ganhar dinheiro. Porém, na Avenida Júlio de Castilho, uma casa de frios decidiu sair do óbvio e duas vezes na semana a iguaria é vendida por apenas R$0,89, uma forma de driblar a concorrência e ainda fidelizar os clientes.

O proprietário da Frios e Cia, Roberto Haddad conta que a chipa começou a ser vendida à R$ 2,50 e nos dias de promoção o preço baixava para R$ 1,99. "Nesse período eu vendia umas 198 unidades do salgado", afirma.

Mas um belo dia ele resolveu se render a chipa de R$ 1, fez os cálculos e viu que era possível aliar o preço baixo, que estava começando a virar tendência em Campo Grande, com a qualidade, porém era preciso mexer no tamanho que passou de 100 gramas para 60 gramas.

O sucesso foi tão grande que o preço pegou e as vendas saltaram para 1.300 salgados por dia. Mas, com as chipas de um real se espalhando pela cidade e ao longo da Júlio de Castilho, ele resolveu arriscar ainda mais e há três meses, todas as quartas e quintas tem promoção de chipa a 0,89, com isso ele vende em média 2 mil unidades do salgado.
"Eu ganho no volume de vendas e me dá mais lucro. O que eu percebi é que quando vendemos na promoção as pessoas compram quantidades maiores, tem gente que pega sete, 20, 30 unidades de uma só vez", comemora.

Porém, o preço inovador da chipa não chamou a atenção só do consumidor, mas também da concorrência. Roberto conta que já presenciou algumas pessoas especulando as receitas e perguntando para seus clientes sobre o tipo de polvilho que usa e a marca. "Vem muita gente especular, donos de padaria, o mercado é para todos. Acho que as pessoas não devem esperar as outras baixarem o preço para então fazem o mesmo, elas precisam fazer o que está ao alcance delas", diz.

Roberto Haddad, proprietário do Frios e Cia, contabiliza a venda de 2 mil chipas por dia em dias de promoção. (Foto: Pedro Peralta)
Roberto Haddad, proprietário do Frios e Cia, contabiliza a venda de 2 mil chipas por dia em dias de promoção. (Foto: Pedro Peralta)

Mesmo com tanto sucesso, Roberto já está receoso com o período de entressafra que deve encarecer o polvilho. "Eu pretendo conversar com o fornecedor para que ele me avise antes do produto subir para que eu possa me preparar e comprar uma quantidade maior e manter o preço por mais um tempo", acredita.

Qualidade - Além do preço, Roberto garante que o sucesso da sua chipa está na qualidade e no uso de bons produtos, que ele não revela quais são. "Eu experimento o salgado e falo com os funcionários quando não está boa. Acho que eu como dono, tenho que testar a qualidade do produto".

Ele diz que gostaria de aumentar o preço para ver como seriam as vendas. "Eu tenho curiosidade de colocar a chipa a R$1,30, para ver se vai vender, porque se não abaixar é porque os clientes gostam da chipa pela qualidade e não pelo preço", diz ele que afirma ainda que todos seus clientes só elogiaram o salgado, até agora.

Mais novidades - Roberto não quer ficar só na chipa, descendente de árabe, ele já está testando receitas para vender esfirras pelo preço de R$ 0,99. "Eu não posso esperar outra pessoa fazer, não sei se vou deixar o salgado nesse preço, mas pelo menos por um mês vou deixar em R$ 0,99".

A esfirra ainda não tem data para ser lançada, já é necessário a compra de alguns equipamentos para levar o projeto a diante. "Para fazer as chipas eu tenho dois funcionários e para a esfirra eu preciso de um maquinário, pois manualmente não tem como, e é chato quando você faz uma coisa, divulga e ela acaba", diz.

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