Prioridade, obra de fábrica de fertilizantes é dividida em 7 blocos para rapidez
Empresas têm até fim de novembro para apresentar propostas; construção de US$ 800 milhões deve começar em 2026
A UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas, voltou ao radar da Petrobras como prioridade total. Segundo o secretário estadual da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, a presidente da estatal, Magda Chambriard, confirmou o compromisso com o empreendimento durante encontro realizado ontem (2), em São Paulo, no Fórum Internacional de Biogás.
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A Petrobras confirmou a retomada da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) em Três Lagoas como projeto prioritário. O anúncio foi feito pela presidente da estatal durante encontro no Fórum Internacional de Biogás, em São Paulo. O projeto foi dividido em sete blocos de construção para agilizar sua execução. Com investimento estimado em US$ 800 milhões, a obra tem previsão de 24 meses para conclusão, com início previsto para o primeiro semestre de 2024. As empresas interessadas devem apresentar propostas até 30 de novembro. O empreendimento conta com incentivos do governo estadual e da prefeitura de Três Lagoas.
De acordo com Verruck, a Petrobras concluiu a avaliação do projeto e decidiu dividi-lo em sete blocos de construção para acelerar os trâmites. As empresas interessadas precisam apresentar suas cotações até 30 de novembro, data considerada fundamental para o avanço do processo.
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“Foi muito positivo ouvir dela que a UFN3 é prioridade. Até novembro, as propostas serão entregues e, a partir daí, a Petrobras vai devolver as análises. A ideia é iniciar a obra no primeiro semestre do ano que vem”, afirmou o secretário.
24 meses de construção
Com investimento previsto de US$ 800 milhões, a previsão é que a obra leve 24 meses de execução após o fim dos trâmites burocráticos e o início da construção, previsto para o primeiro semestre de 2026, o que garantiria a produção de ureia em 2028, atendendo a mais 15% do consumo nacional, índice que, somado às outras plantas pelo Brasil, atingirá 30% da necessidade interna.
O projeto já conta com os incentivos e acordos firmados entre o governo estadual e a prefeitura de Três Lagoas que recentemente prorrogou os benefícios para garantir a viabilidade da unidade.
Para Verruck, a definição reforça a importância estratégica da fábrica diante da dependência do Brasil de fertilizantes. “Fiquei bastante satisfeito com o nível de prioridade que ela me passou. Isso demonstra que, diante do problema do tarifaço e da dependência do Brasil de fertilizantes, a estatal está efetivamente tratando a UFN3 como estratégica”, disse.