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Economia

Vigilantes paralisam e comprometem atendimento em agências bancárias

Mariana Rodrigues | 16/03/2015 15:56

Hoje (16), vários vigilantes foram até seus locais de trabalho, mas só assumiram seus postos após o meio dia. Nas agências bancárias, por exemplo, o expediente começou com uma hora de atraso. De acordo com informações de Celso Adriano da Rocha, presidente do Seesvig/MS (Sindicato dos Empregados das Empresas de Segurança e Vigilância), cerca de 60% das agências bancárias tiveram o atendimento comprometido com a falta de vigilantes. "Essa paralisação foi entre os próprios vigilantes, eles se reuniram e decidiram assumir os postos após o meio dia", disse.

Segundo informações da assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de Campo Grande, houve realmente uma paralisação de uma hora na abertura dos bancos, mas que não chegou a causar tumulto. "Por Lei Federal as agências não podem abrir sem a presença de um vigilante, então verificamos se todas as agências estavam cumprindo com essa lei. Após às 12h, os vigilantes retornaram ao trabalho e as agências voltaram a funcionar normalmente", informou.

Ainda segundo a assessoria, o sindicato dos bancários só tomou conhecimento da reivindicação no momento em que ela estava acontecendo. "Não fomos informados pelo Sindicato dos Vigilantes de que iria ter essa paralisação, mas agora já pedimos para que eles nos informem sobre qualquer paralisação ou até mesmo greve, para que possamos avisar a população e os bancos, caso haja uma greve, os bancos não poderão abrir", informou.

Os representantes do Sindicado dos Vigilantes e do Sindicato Patronal, devem se reunir às 16 horas de hoje, para tentar chegar a um acordo sobre as reivindicações da categoria. Segundo Rocha, essa é a quarta mesa de negociações, mas a categoria ainda está insatisfeita com o que foi proposto pela classe patronal.

Os vigilantes pedem reajuste de 14,59%, mas o índice proposto é de 9%. A categoria também pede aumento no auxílio-alimentação. Atualmente, são pagos R$ 14 por dia, mas o grupo pede até R$ 17 por dia para vigilantes patrimoniais.

No caso dos trabalhadores do setor de transporte de valores, hoje são pagos R$ 410, mas os vigilantes pedem R$ 480. Os empresários oferecem R$ 450. Os profissionais também querem igualar os salários dos motoristas de carro-forte com o recebimento dos chefes de equipe de carro forte, uma diferença de R$ 90, mas os empresários propõem R$ 40.

De acordo com Rocha, dois ofícios foram protocolados, um no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), e outro no MPT (Ministério Público do Trabalho). "Se na reunião de hoje não tivermos exito, vamos procurar uma mediação junto a esses dois órgãos, depois vamos nos reunir com a categoria para definir se vamos fazer uma greve geral", comentou.

A mobilização envolve 280 vigilantes patrimoniais de Campo Grande, que atuam em bancos, e 300 de transporte de valores da Capital e de Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, além da cidade de Naviraí que já sinalizou que deve aderir a greve.

"Se optarmos uma greve, 47 cidades já nos informaram que estão preparadas para se juntar a nós", afirmou Rocha.

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