“Empresa não é ONG”: entenda por que treinar pessoas é o melhor investimento
No episódio de estreia, consultor defende que capacitação de equipe é fator de sobrevivência no mercado
No episódio de estreia do podcast Virada de Chave do Campo Grande News, o consultor e empresário Nelson Lopes, da Lopes Consultoria, trouxe um papo direto, e bem necessário, sobre um tema que ainda trava muita empresa por aí: treinamento de equipe não é custo, é investimento.
Com mais de 30 anos de estrada no Brasil e fora, Nelson começou desmontando um pensamento que ele vê como um dos maiores venenos para o crescimento de um negócio: o medo de gastar com capacitação.
“Quando você treina seu colaborador, não está perdendo dinheiro. Pelo contrário: está gerando mais vendas, melhor atendimento, mais fidelização e menos rotatividade”, explicou.
E para quem ainda duvida, ele foi didático: “O empresário que pensa: ‘vou treinar e o funcionário vai para a concorrência’, está matando a própria empresa.”
Ao longo da conversa, Nelson compartilhou vivências que vão desde multinacionais como Coca-Cola e Vivo até pequenas empresas de Mato Grosso do Sul, estado que, segundo ele, está começando a entender o jogo da competitividade com a chegada de grandes projetos como a Rota Bioceânica.
“Ou você se torna competitivo, ou alguém de fora vem e te engole”, resumiu.
Ele também destacou um dado alarmante: um estudo recente colocou Campo Grande como a pior capital do Brasil em qualidade de atendimento. Para ele, isso só reforça a urgência de mudar o jogo. “Prefiro um caixa que olha nos meus olhos e me dá bom dia do que um que só pergunta o CPF na nota”, pontuou.
Líder que não gosta de gente, melhor mudar de ramo
Um dos trechos mais saborosos do episódio foi quando o papo virou para liderança. Nelson foi direto: “Para liderar, tem que gostar de pessoas.” E não adianta ser o chefe durão dos anos 70, estilo "faça o que eu mando". “Hoje, liderança é humanizada. Você precisa conhecer seu time, saber como cada um funciona. O mesmo discurso não serve para todo mundo”, explicou.
Ele mesmo aplica isso em suas turmas. Atualmente, Nelson está capacitando mais de 400 funcionários de um hospital em Campo Grande. E faz questão de acompanhar de perto: “Não é só dar o treinamento e ir embora. Eu fico para garantir que o que foi ensinado realmente funcione.”
Nova geração, novos desafios
Questionado sobre o desafio de lidar com as novas gerações no trabalho, Nelson foi sincero:
“Essa geração tem total direito de expor seu ponto de vista, mas empresa não é ONG. Se não trouxer resultado, não tem como sustentar.” Para ele, o equilíbrio está em conscientizar e mostrar que, além de propósito, o trabalho precisa gerar retorno, para o funcionário e para a empresa.
E quando a imagem da liderança já está queimada?
Nelson acredita que sempre dá para mudar, mas exige planejamento e consistência. Ele defende um modelo quase "gamificado" de evolução: metas claras, feedback, premiações.
“Até o líder mais arcaico, aquele 'dinossauro', pode se modernizar. Mas precisa querer.”
Por onde começar?
Para o empresário que acha que não tem dinheiro para investir em treinamento, a dica foi simples: comece com um livro. “Como diz Cortella: ‘comece como está, com o que você tem’. Invista em conhecimento, mesmo que seja com um livro de R$ 30”, reforçou.
O que move Nelson?
No fim da conversa, ao ser perguntado sobre sua "Virada de chave", Nelson foi direto ao coração: “Gosto de gente. Minha missão é deixar uma semente no coração das pessoas. Isso me move.” E completou: “O maior investimento que uma empresa pode fazer é em pessoas.”
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