Enquete: 55% dizem que precisaram de empréstimo para pagar as contas básicas
Pressão das dívidas e busca por crédito expõem dificuldade das famílias em fechar o mês
A enquete do Campo Grande News de ontem (18) indica uma dificuldade para dar conta integralmente das contas, recorrendo ao crédito. A maioria dos leitores, 55%, relata que teve de fazer empréstimo para pagar contas básicas este ano, enquanto 45% consideram não ser necessário.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A maioria dos leitores do Campo Grande News (55%) relatou ter recorrido a empréstimos para quitar contas básicas em 2024. O cenário preocupante se reflete nos números da Justiça, que registrou 16.160 processos relacionados a operações de crédito em Mato Grosso do Sul. O Feirão Limpa Nome registrou 39,9 mil acordos nas primeiras duas semanas de novembro, com 26,8% dos pagamentos sendo parcelados. Segundo pesquisa da Serasa, o Brasil conta com 79,1 milhões de inadimplentes, com maior concentração na faixa etária de 41 a 60 anos, representando 35,4% dos casos.
Os números revelam um cenário de pressão crescente sobre quem recorre a crédito em Mato Grosso do Sul. Só em 2024, a Justiça recebeu 16.160 processos ligados a empréstimos, sendo 10.360 referentes a operações bancárias tradicionais e 5.800 envolvendo crédito consignado. Até maio de 2025, o total de ações já chegou a 6.924, mostrando que a judicialização segue em ritmo alto.
Movimentando o mercado de renegociação, o Feirão Limpa Nome fechou 39,9 mil acordos nas primeiras duas semanas de novembro e segue até o dia 30 deste mês. Do total, 26,8% ocorreram por meio de pagamento parcelado, opção que vem ganhando força entre consumidores. A iniciativa reúne mais de 1,6 mil empresas credoras e promete descontos agressivos, que chegam a 99%, além de parcelas a partir de R$ 9,90.
Uma pesquisa da Serasa ajuda a entender por que tanta gente tem optado pelo parcelamento. Para 63% dos entrevistados, dividir o pagamento é uma alternativa prática para sair do aperto. Já 61% relatam que as parcelas trazem sensação maior de controle financeiro, algo valioso em tempos de orçamento comprimido.
O estudo também mostra a dimensão do problema: o país soma 79,1 milhões de inadimplentes, com maior concentração na faixa de 41 a 60 anos, que representa 35,4% dos casos. O endividamento persiste e atinge um público majoritariamente adulto, muitas vezes responsável pelo sustento familiar.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.



