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Arquitetura

Em casa de 1970 do Centro, filha mantém móveis que mãe desenhou

Predominantemente de mogno, itens mantêm história para o sorriso de uma filha que ama viver no Centro

Aletheya Alves | 26/03/2022 07:10
Conjunto de sofás, poltronas e mesa de centro foi esculpido em mogno. (Foto: Paulo Francis)
Conjunto de sofás, poltronas e mesa de centro foi esculpido em mogno. (Foto: Paulo Francis)

Construída na década de 1970, casa na Rua Dom Aquino, região central de Campo Grande, reúne móveis desenhados pela matriarca da família há mais de 50 anos. Conservados pela filha, Maria Helena Rolim Oliveira, de 63 anos, os itens mantêm o ar da década em que foram esculpidos.

Sem nunca ter passado por reformas, os móveis feitos em mogno resistiram à passagem do tempo e seguem firmes na decoração que foi criada por Oliva Faria Rolim. Já com a mãe tendo partido, Maria conta que cada detalhe foi imaginado pela matriarca e materializado por uma marcenaria no interior de São Paulo.

Porta frontal foi desenhada por Oliva, assim como os outros móveis. (Foto: Paulo Francis)
Porta frontal foi desenhada por Oliva, assim como os outros móveis. (Foto: Paulo Francis)

“Ela desenhou tudo, desde os sofás até a porta de frente. Até hoje, nunca tivemos problemas com os móveis, que continuam firmes há anos”, Maria conta. Na sala, um conjunto de dois sofás, uma dupla de poltronas e mesa de centro ilustram a explicação da filha.

Compondo o espaço, uma arandela também esculpida em madeira foi alocada para completar o ambiente ao lado de um quadro. De acordo com a responsável pela casa, a peça é uma das poucas que foram alteradas com tintura para receber um novo estilo.

Arandela em madeira é um dos poucos objetos que receberam mudanças. (Foto: Paulo Francis)
Arandela em madeira é um dos poucos objetos que receberam mudanças. (Foto: Paulo Francis)

Maria recorda que, durante sua vida, acompanhou o lar se transformar em espaço para eventos, que iam desde festas temáticas até aulas ministradas por Oliva. Escritora e professora de dança, a matriarca aproveitava a amplitude da casa dando novos sentidos para a decoração tradicional.

Em registros da época, a família e amigos confirmam que os móveis parecem ter congelado no tempo.

Oliva em um dos eventos realizados na residência. (Foto: Paulo Francis)
Oliva em um dos eventos realizados na residência. (Foto: Paulo Francis)

Além da decoração em madeira, luminárias modeladas em ferro e quadros cusquenhos compõem o ambiente criado pela primeira proprietária. Para Maria, cada peça era de extrema importância para a mãe e, por isso, os objetos seguem mantidos até hoje.

Usando do mesmo material, a mesa e as cadeiras que preenchem a sala de jantar perpetuam o desenho estrutural dos itens, sendo complementados por candelabros. Seguindo o padrão do espaço anterior, arandelas também foram inseridas no banheiro das visitas, mas com o mogno substituído por metal.

Quadro cusquenho em meio aos candelabros modelados em ferro. (Foto: Paulo Francis)
Quadro cusquenho em meio aos candelabros modelados em ferro. (Foto: Paulo Francis)
Arandelas e acessórios foram feitos em metal. (Foto: Paulo Francis)
Arandelas e acessórios foram feitos em metal. (Foto: Paulo Francis)

Além das arandelas, os suportes para toalhas e moldura do espelho foram produzidos no mesmo material, dando continuidade à ideia. “Algumas coisas foram ficando com marcas do tempo, como no banheiro. Mas nós cuidamos e tudo aqui é um tesouro mesmo”, a filha diz.

Para Maria, todo o espaço é um tesouro deixado pela mãe, que se dedicou durante anos para criar um ambiente completo.

Maria Helena Rolim Oliveira é a atual responsável pela residência. (Foto: Paulo Francis)
Maria Helena Rolim Oliveira é a atual responsável pela residência. (Foto: Paulo Francis)

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