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Arquitetura

Há 1 ano, materiais de caçamba vão se tornando taberna colorida

Emerson decidiu abrir o próprio negócio construindo tudo do zero com materiais reaproveitados

Aletheya Alves | 14/02/2023 06:31
Desde os tijolos até telhado, tudo foi feito por Emerson. (Foto: Aletheya Alves)
Desde os tijolos até telhado, tudo foi feito por Emerson. (Foto: Aletheya Alves)

Na Rua Barão da Torre, entre a Rua das Garças e Rua Dias Ferreira, uma construção chama atenção tanto pelas cores quanto pela variedade de materiais usados. Orgulhoso do projeto, Emerson Coelho de Araújo vem montando o próprio negócio há um ano com itens que seriam jogados fora.

“Eu vou pegando os materiais de caçamba, sabe? Que as construtoras descartam aquilo que não serve para elas. Fiquei feliz de saber que as pessoas estão curiosas e achando legal”, comenta o responsável pelo projeto.

Usando o quintal da mãe, ele detalha que não queria ficar parado e assim surgiu a ideia de criar o próprio negócio. “Vai ser a ‘Taberna do Prego’ quando eu terminar, que já deve ser logo. Em uma parte coloquei até piso para fazer uma cozinha mais rebaixada e conseguir vender o que quero”.

Paredes começaram a ser levantadas há pouco mais de um ano. (Foto: Aletheya Alves)
Paredes começaram a ser levantadas há pouco mais de um ano. (Foto: Aletheya Alves)

Exceto as telhas, tudo foi sendo recolhido aos poucos e seria descartado sem nem pensar duas vezes caso ele não coletasse. Mesmo com a improvisação na hora de recolher os objetos, o proprietário comenta que foi pensado cada detalhe antes de iniciar a construção.

“Não fiz sem projeto, precisei desenhar bastante antes de começar e está ficando mais ou menos do jeito que eu imaginei”, ele relata.

Apesar de trabalhar com administração, Emerson explica que já tinha certa experiência com construções simples. Por isso, sabia quais caminhos poderia traçar na hora de criar e executar o próprio projeto.

Emerson conta que cores foram pensadas durante a fase de desenho. (Foto: Aletheya Alves)
Emerson conta que cores foram pensadas durante a fase de desenho. (Foto: Aletheya Alves)
Bambus são diferenciais indicados pelo proprietário. (Foto: Aletheya Alves)
Bambus são diferenciais indicados pelo proprietário. (Foto: Aletheya Alves)

Se adaptando com os materiais recolhidos, cada parte da construção possui materiais diferentes. O chão foi feito com madeiras, mas as paredes são as partes mais variadas.

Na fachada, há uma pequena parte com tijolinhos, madeiras menores do que as do chão, bambu encontrado no bairro e vidros para simular a estrutura de janelas coloridas.

Sobre a variação de itens, Emerson comenta que aproveitou até para abusar das cores, indo do verde ao rosa. “Me lembro que no Nordeste tem bastante uso de cor, aí quis fazer assim também e ficou legal”.

Ansioso para terminar a construção, ele comenta que o espaço será para vender açaí e lanches. (Foto: Aletheya Alves)
Ansioso para terminar a construção, ele comenta que o espaço será para vender açaí e lanches. (Foto: Aletheya Alves)

Especificamente sobre o início da história, ele conta que a ideia nasceu após ele deixar o Rio de Janeiro e se mudar para Campo Grande a pedido da mãe. “Eu vim para cá e quis abrir alguma coisa. Comecei a vender algumas coisas nos dias de feira, mas já nessa semana quero estar com tudo aberto”.

No espaço, o vendedor quer trabalhar principalmente com venda de açaí, alguns lanches e bebidas. E, de acordo com Emerson, ainda há bastante coisa para ser feita mesmo quando o espaço já estiver funcionando.

“Estou pensando em fazer um portão diferente para o pessoal ter espaço para entrar, queria ter algo parecido com uma fonte também. Mas tudo com essa mesma ideia de reaproveitar”, completa Emerson.

Para quem ficar curioso, o proprietário comenta que as portas devem estar abertas já no próximo final de semana, durante o dia.

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