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Artes

Lista do Oscar não trouxe diversidade? Confira bons filmes contra o racismo

Daiane Libero | 20/01/2016 12:00
A Cor Púrpura, de 1985.
A Cor Púrpura, de 1985.

A lista dos indicados ao Oscar 2016 trouxe um ela bons filmes, que estão bem cotados para vários prêmios. A Academia é um dos gigantes da contemplação do trabalho de milhares de cineastas, roteiristas, atores e atrizes, produtores e tantos trabalhadores da indústria do cinema. Porém, apesar de muitos filmes serem indicações competentes, a edição deste ano do prêmio veio com um gostinho amargo: praticamente todos os atores, atrizes e cineastas indicados são brancos, mostrando uma hegemonia infelizmente cheia de precedentes.

Pelo segundo ano consecutivo, nenhum artista nem diretor negro estará na disputa por uma estatueta. A Academia deixou de fora da corrida Will Smith ("Concussion"), Idris Elba ("Beasts Of No Nation"), Michael B. Jordan ("Creed"), além dos protagonistas de "Straight Outta Compton – A história do N.W.A.". Infelizmente para nós brasileiros, “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, também ficou de fora da lista de filmes estrangeiros. Lembrando também que a Academia é formada por 6 mil membros, entre os quais 94% são brancos e a maioria homens, enquanto os negros e os latinos representam cerca de 2%, segundo o jornal "Los Angeles Times".

Pensando nessa inquietação em um momento onde as minorias se fazem cada vez mais presentes, inclusive no mundo do audiovisual, La Película seleciona três filmes sobre preconceito e racismo que valem a pena ser vistos e revistos. Tudo isso por um mundo sem preconceito! Confira.

A Cor Púrpura (1985)
O ano é 1909. Em uma pequena cidade Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos e é “doada” a "Mister" (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira. Grande parte da brutalidade de Mister provêm por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (Margaret Avery), uma sensual cantora de blues. Um filme tanto sobre discriminação racial quanto sobre machismo, por meio do sofrimento de Celie.

Django Livre, de 2012.
Django Livre, de 2012.

Django Livre (2012)
O diretor Quentin Tarantino sempre quis fazer um faroeste, e deu vazão à esse desejo em “Django Livre”, que não pode ser sua obra-prima, mas é um filme divertido, apesar de sanguinolento (como todos de Tarantino). Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto cujo passado brutal com seus antigos proprietários leva-o ao encontro do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Schultz está em busca dos irmãos assassinos Brittle, e somente Django pode levá-lo a eles.

Selma – Uma Luta pela Igualdade, de 2014.
Selma – Uma Luta pela Igualdade, de 2014.

Selma – Uma Luta pela Igualdade (2014)
Dirigido pela cineasta negra Ava DuVernay, o filme é uma cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King. O personagem JR (David Oyelowo), que acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana, é quem conta a emocionante história sobre as conquistas negras em um mundo extremamente racista.

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