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Artes

“Zé Pelintra” leva MS ao 1° lugar no maior festival de dança do mundo

Bailarinos enfrentaram preconceito, mas levaram a história de Zé Pelintra para os palcos sem medo

Thailla Torres | 12/10/2021 07:42
Bailarinos de Campo Grande usaram movimentos da dança para contar história de Zé Pelintra. (Foto: Ginga Cia. de Dança)
Bailarinos de Campo Grande usaram movimentos da dança para contar história de Zé Pelintra. (Foto: Ginga Cia. de Dança)

Sem qualquer apoio cultural ou recurso público, bailarinos de Campo Grande batalharam mais uma vez para participar do Festival de Dança de Joinville (SC), já considerado um dos maiores festivais de dança do mundo. O que eles não imaginavam, no último fim de semana, era ficar em 1°lugar, na modalidade Danças Populares Brasileiras, com o duo da Ginga Espaço de Dança interpretando o famoso Zé Pelintra, uma das mais importantes entidades de cultos afro-brasileiros.

Depois de uma seleção em três fases com inscrição criteriosa, o coreógrafo e bailarino Diógenes Antonio Pivatto, que já representou o Estado em outras 15 edições do festival, diz que ficou emocionado com o resultado. “Fomos com o coração aberto para dançar”, pontua. “Mas não imaginava a colocação mais importante. Para nós foi uma alegria e satisfação enorme”.

A coreografia dele e do bailarino Brendon Feitosa foi um dos maiores desafios, já que a companhia é conhecida nas modalidades “jazz” e “dança contemporânea” durante os festivais. “Levar uma representação de danças populares brasileiras foi um desafio até mesmo pelo o preconceito social quando se trata de religião afro-brasileira. Mas fizemos uma pesquisa muito aprofundada do tema abordado e fizemos questão de levar a religião espírita ao palco do festival, de forma tão poética e respeitando os seus porquês”.

Participar de um dos maiores festivais de dança do mundo, para o coreógrafo, eleva a qualidade cultural do Estado, colocando Mato Grosso do Sul no mesmo palco com os melhores bailarinos e escolas de dança do País. Mas levando em consideração a dificuldade vivida nos últimos tempos pela classe artística, ele lamenta a falta de apoio. “Não conseguimos nem um tipo de apoio cultural para nossa vinda e permanência no evento”, enfatizou.

E com a classificação em 1° lugar, os bailarinos foram pegos de surpresa mais uma vez, e agora contam com ajuda de amigos para permanecerem mais 7 dias na cidade, para dançarem na Noite dos Campeões , que será realizada no dia 16 de outubro. A ajuda financeira  é para despesas de ida volta e permanência na cidade para participação dos eventos do festival.

Por isso, amigos dos bailarinos da companhia fizeram uma vaquinha virtual para ajudar nos custos, que desde o início saíram do bolso deles para participação no festival, afirmam. “Por isso, ressalto mais uma vez a falta e a importância de uma emenda cultural para os artistas em todos os seguimentos da arte, seja dança, teatro, música e outras representações culturais que possa colocar nosso Estado em um patamar de excelência cultural”.

Sobre o festival – Já em sua 38º rdição, o Festival de Dança de Joinville, que é realizado em Santa Catarina, é considerado o maior festival de dança do mundo. Neste ano foram 9.397 pessoas inscritas e 3.080 vagas de cursos.

Foram avaliadas nesta edição 2.500 coreografias, sendo que Campo Grande, mais uma vez foi contemplada com a seleção e classificação dos bailarinos Ginga Cia De Dança.

Quem quiser contribuir com os bailarinos podem clicar neste link (clique aqui).

Confira a galeria de imagens:

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