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Comportamento

Depois de 30 anos, amigos resolvem se reencontrar em portão onde se conheceram

Aline Araújo | 27/07/2015 06:23
Depois de 30 anos eles se reencontraram.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Depois de 30 anos eles se reencontraram. (Foto: Arquivo Pessoal)

Eles se conheceram em 1985, tinham 18 e 19 anos, conviveram durante apenas um ano, serviram juntos na Força Aérea Brasileira e depois, cada um seguiu o seu caminho.

Trinta anos depois, um dos 89 rapazes resolve promover um reencontro onde tudo começou, no portão principal da Base Aérea de Campo Grande. Dos 89, foram sete, mas o encontrou foi só primeiro, para que o vinculo da turma fosse restabelecido.

Moacir Araújo de Alcântara, de 49 anos, foi quem puxou a fila para promover o reencontro. Um dia, em casa, relembrando fatos do passado, ele sentiu uma saudade forte dos tempos de rotina militar. Lembrou dos colegas de turma e de como gostaria de rever cada um deles.

No Facebook eles compartilharam as lembranças da época.  (Foto: Arquivo Pessoal)
No Facebook eles compartilharam as lembranças da época. (Foto: Arquivo Pessoal)

Como todos se chamavam pelo nome de guerra, ou seja, o sobrenome, o trabalho foi um pouco mais difícil. “Imagina eu procurar um Oliveira no Facebook, vão ter mais de mil.” Então, ele resolveu conversar com um amigo que atualmente trabalha na Base Aérea para saber se ele não conseguiria uma lista com os amigos da época.

Deu certo. Quando a lista chegou, Moacir diz que quase chorou de emoção. Com os nomes em mãos, começou o trabalho de procurar um por um no Facebook. À medida que ele encontrava as pessoas, adicionava a um grupo criado para reunir a turma.

O grupo foi enchendo e veio a ideia de tirar o encontro do mundo virtual e trazer para o real. A adesão foi pequena, mas quem participou não se arrependeu. Moacir garante que foi apenas o início, de alguns outros encontros planejados pela turma.

“Nós batemos o maior papo, lembramos histórias da época, foi muito emocionante. Falávamos ao mesmo tempo! Ficamos sabendo como estava a vida um do outro, qual a profissão, se tinha algum casado, se estavam com filhos. Foi muito prazeroso”, comenta ele.

Apenas sete compareceram ao primeiro encontro.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Apenas sete compareceram ao primeiro encontro. (Foto: Arquivo Pessoal)

No outro dia, eles já criaram um grupo no Whatsapp para colocar a conversa em dia e conseguir reunir mais colegas.

O funcionário público Roberto Carlos da Silva, de 48 anos, foi um dos antigos soldados que resolveu comparecer ao evento, o que mais gostou foi perceber que o sentimento de irmandade entre eles sobreviveu aos anos.

“Na realidade, essa camaradagem vem a 30 anos, tem alguns colegas que você tem algum contato, mas outros você não via há muitos anos e foi muito gratificante. Você leva até um susto porque naquela época éramos todos moços e hoje estamos diferentes, alguns ficaram carecas, outros deram uma engordadinha. A gente brinca que se passasse pela rua talvez nem reconheceria”, diz.

Dirceu, Almeida e outros colegas da foto de 1985, na sala de Tv da Base Aérea. (Foto: Arquivo Pessoal)
Dirceu, Almeida e outros colegas da foto de 1985, na sala de Tv da Base Aérea. (Foto: Arquivo Pessoal)

Algumas histórias são guardadas como segredo de estado, só quem viveu sabe. Outras ainda arrancam risos, mas acabam fazendo sentido apenas para quem viveu na época. Como a turma que sempre ficava para trás nas corridas para condicionamento físico e recebeu o apelido de “bola murcha”.

Entre outras curiosidades, Alcântara, como é o nome de guerra de Moacir, destaca os fatos mais interessantes que resultaram do encontro. “Oliveira com 48 anos já tem 8 netos, enquanto o Dirceu e o Machado ainda não tem filhos, o C. da Silva (Roberto) estudou Geografia, fez Direito e pós. Eu sou pastor na igreja Batista e acadêmico de Pedagogia, Almeida, Machado e Evair estão na reserva como sargento”.

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