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Comportamento

Hugo guia ciclistas por rotas inéditas da Capital e quer bater 2 mil km no mês

Ciclista não cobra para levar pessoas às trilhas e além do serviço, armazena registros fotográficos incríveis.

Danielle Valentim | 12/08/2019 06:22
Trilha do Lost. (Foto: Arquivo Pessoal)
Trilha do Lost. (Foto: Arquivo Pessoal)

Sobre uma Caloi Explorer, Hugo Girelli, de 40 anos, virou um expert em descobrir rotas escondidas por Campo Grande e seus arredores. Pedalando, profissionalmente, há cinco anos, ele atua como guia gratuito para quem decide se aventurar por estradas da cidade. Sozinho ou acompanhado, neste mês, a meta é somar um “pedal de 4 dígitos”, que segundo o ciclista será de 2 mil quilômetros.

Desde o dia 1º de agosto, todas as rotas percorridas somam 500 quilômetros. Apaixonado pelo esporte que melhora do condicionamento físico ao mental, neste domingo, enquanto conversava com o Lado B, o ciclista subia a trilha Vaca Viva, próximo a pedreira São Luís, em Terenos.

“Neste domingo pedalei com o Antônio, um médico que quando não está de plantão me chama para um pedal. A trilha Vaca Viva fica na Estrada Velha que liga Terenos ao Indubrasil. Ao sair de Campo Grande peguei a estrada em direção Rochedo de 10 a 12 km. Depois entramos numa estrada de terra que liga Rochedo a Terenos. A estrada sai na pedreira São Luís. Depois de subir a trilha chegamos no asfalto que liga Terenos a Campo Grande. A gente para no Indubrasil reabastece a mochila de hidratação e segue para casa”, explica.

Estação Lagoa Rica. (Foto: Arquivo Pessoal)
Estação Lagoa Rica. (Foto: Arquivo Pessoal)
Lugares incríveis. (Foto: Arquivo Pessoal)
Lugares incríveis. (Foto: Arquivo Pessoal)

O serviço de guia é gratuito e Hugo garante fazê-lo por prazer. “Eu não cobro. Eu gosto de incentivar as pessoas”, frisa.

Enquanto pedala, Hugo não deixa de registrar as paisagens e assim que chega em casa descarrega os registros no computador. O ciclista lembra que dos cinco anos no esporte, várias situações marcaram sua vida. Mas uma das principais foi a cena foi de um tamanduá em Aguão.

O animal de tamanho considerável estava prestes a cruzar a rodovia e Hugo não resistiu a uma fotografia. “Chegando em Aguão eu olhei no meio do pasto um tamanduá gigante prestes a cruzar a estrada. Tive que registrar”, lembra.

Hugo é curioso e não frequenta as mesmas rotas por muito tempo. E é nessa ânsia por coisas novas que lugares inéditos vão surgindo. Uma das trilhas, praticamente, inaugurada por Hugo é a Arizona, entre Terenos e Rochedo.

Uma das trilhas, praticamente, inaugurada por Hugo é a Arizona, entre Terenos e Rochedo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Uma das trilhas, praticamente, inaugurada por Hugo é a Arizona, entre Terenos e Rochedo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Animal de tamanho considerável cruzando a rodovia e Hugo não resistiu a uma fotografia. (Foto: Arquivo Pessoal)
Animal de tamanho considerável cruzando a rodovia e Hugo não resistiu a uma fotografia. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Um dia quis faz fazer um pedal de 3 dígitos, abri o mapa e desenhei. A trilha Arizona fica entre Terenos e Rochedo e soma um pedal total da 119 km. Quando comecei a fazer essa rota não tinha ninguém, depois vi que cresceu o número de ciclistas”, lembra.

Ainda sobre locais não tão populares, a trilha do Alecrim que, na brincadeira, teve o nome trocado para “Lost”.

“Ela era conhecida como trilha do Alecrim, mas um colega chamado Giovanni se perdeu na trilha num dia nublado. Com previsão de chuva uma nuvem preta o fez lembrar do seriado. De tanto a gente chamar de “Lost”, o nome pegou. Ela fica no rodoanel atrás dos Bairros Coophasul e José Abrão”, lembra Hugo.

Na trilha Lost. (Foto: Arquivo Pessoal)
Na trilha Lost. (Foto: Arquivo Pessoal)
Pôr do sol na região da Trilha Lost. (Foto: Arquivo Pessoal)
Pôr do sol na região da Trilha Lost. (Foto: Arquivo Pessoal)

O terceiro point é a Cachoeira do Café. “No sábado levei Priscila na cachoeira do Café. É outro ponto que ninguém conhecia e eu apresentei para um guia conhecido de Campo Grande. A cachoeira fica perto da UCDB. Ela é pouco conhecida e limpa”, conta.

Hugo explica que às vezes desbrava a área sozinho, para trilhar o local e saber se realmente dá para levar um grupo. “Uma vez, no caminho da Ema, quase atropelei um tamanduá. Tem um trecho sigle track (que só passa uma bike por vez) e ele surgiu na frente”, lembra.

Trilha da Cachoeira do Café. (Foto: Arquivo Pessoal)
Trilha da Cachoeira do Café. (Foto: Arquivo Pessoal)
Cachoeira do Cfé fica ao lado da Cachoeira da Macumba. (Foto: Arquivo Pessoal)
Cachoeira do Cfé fica ao lado da Cachoeira da Macumba. (Foto: Arquivo Pessoal)

Com a bike MTB, Hugo explica que a meta fica um pouco mais difícil. Os dois modelos mais usados são a speed, que é mais leve para estradas, e a mountain bike, que é mais pesada e é usada para trilhas. “Com o outro tipo de bicicleta rapidamente se chega aos 4 dígitos, mas a MTB é mais pesada e dificulta um pouco”, explica.

O ciclista começou pedalando no dia a dia, para o trabalho e escola, até conhecer os grupos de pedal. “Eu não tenho carro e nem pretendo ter. Às vezes se tenho que encontrar com amigos no barzinho, vou de bicicleta. Eu faço compras de bicicleta. No centro, quando vou resolver algumas coisas pago estacionamento de moto e a deixo guardada”, explica.

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Mirante na MS 080. (Foto: Arquivo Pessoal)
Mirante na MS 080. (Foto: Arquivo Pessoal)
Três Barras. (Foto: Arquivo Pessoal)
Três Barras. (Foto: Arquivo Pessoal)
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