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Comportamento

Na terra de gordinhos, alguns campo-grandenses são radicais na hora de emagrecer

Anny Malagolini | 16/10/2013 06:47
Newlin, posa com o ídolo, ainda com 102 quilos.
Newlin, posa com o ídolo, ainda com 102 quilos.

Ao chegar aos 124 quilos, o universitário Gabriel Sanz, de 23 anos, levou um puxão de orelhas da namorada e prometeu à amada que iria emagrecer. Dito e feito, em apenas três meses, Gabriel perdeu 30 quilos. Com a fama da cidade com maior número de gordinhos do Brasil, Campo Grande tem gente que virou o jogo por conta e risco.

Frituras e doces tiveram que sair da vida de Gabriel e comidas saudáveis ganharam espaço no cardápio, além do esporte. O estudante começou a correr duas horas diariamente, uma loucura para quem pesa tanto, mas ele arriscou.

“A vida adulta me engordou”, justifica. Desde o primeiro ano da faculdade, Gabriel fez estágio na área de Engenharia Ambiental. Com o tempo entre o estudo e o trabalho sempre curto, a saída para driblar a fome foi comer salgados o que, é claro, rendeu 34 quilos a mais na balança.

Apesar de não ser recomendado emagrecer sem auxílio de profissionais, Gabriel conseguiu. Mas agora, manter são outros 500, por isso ele procurou apoio de nutricionista e personal. Até agora, segundo ele, o segredo foi a disciplina. “Tem que ter um objetivo, colocar um prazo para se chegar a um lugar”, aconselha.

Em um mês, Newlin perdeu 20 quilos.
Em um mês, Newlin perdeu 20 quilos.

Para perder peso, o estudante Newlin Souza, de 28 anos, apelou aos livros para emagrecer e encarou uma dieta rigorosa, só que a base apenas de proteína. Nos últimos meses, ele eliminou 20 quilos e agora pesa 82.

A “mágica” do emagrecimento rápido foi conquistada, segundo ele, com muita atividade física, muita água e a dieta “Dr. Dukan”. Sem doces, gorduras, carboidratos e apenas comendo carne e alguns legumes, na primeira semana ele perdeu 6 quilos.

Ele comenta que desde 2001 enfrenta o efeito sanfona. Sempre cai em dietas rigorosas, que prometem limar muito peso em pouco tempo, mas sempre volta ao que era. Mais uma vez, ele diz que vai ser diferente, porque conseguiu a reeducação alimentar, eliminando “besteiras” do cardápio.

Com a prática regular de exercícios, Newlin acredita não deve engordar novamente. “Não tenho mais medo de entrar no efeito sanfona, tive uma educação alimentar”, garante, apesar de pouco tempo mais magro.

Carioca, Newlin não entende o motivo de Campo Grande ser eleita a Capital com maior número de gordinhos no País, mas entende que diferente do Rio de Janeiro, onde as pessoas cultuam o corpo por ter praia e o calor, aqui não tem nada que incentive, então não há empenho em estar em forma.

Casados - A dieta também entrou na vida da assistente administrativa Jaqueline Souza, de 32 anos, que desde os 28 luta contra a balança em busca de um corpo mais magro.

No dia 15 de junho, ela e o marido decidiram entram na dieta e em 4 meses Jaqueline passou dos 69 para os 57 quilos, e o marido, que chegou a pesar 103 quilos, agora está com 92. ”Dei um choque no meu corpo, e procurei a auto estima”.

Apesar da dieta ter dar dado certo, e garantido satisfação a assistente, os resultados dos exames de sangue não melhoraram. Os testes apontaram índices maiores de colesterol, provando a mudança repentina de alimentação é perigosa quando não há o acompanhamento médico.

Para reforçar o que tanto profissional já falou, o Lado B foi buscar a opinião da nutricionista Marúbia Chimenes. Mais uma vez, ela lembrou que as dietas da moda, como a Dukan, são um risco. "Nada substitui uma alimentação balanceada, cheia de nutrientes e variedas entre proteínas, carboidratos e gorduras", repete.

A lógica é que sem a variedade, o corpo acaba cansando, não tem energia nem para emagrecer. “A necessidade de nutrientes causa fraqueza e ninguém consegue seguir isso por muito tempo”, alerta, lembrando que o resultado vai ser o efeito sanfona.

Você já fez alguma dieta que deu certo ou conhece algum caso de sucesso na busca pela boa forma? Se a resposta é sim, deixe um comentário.

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