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Consumo

Bicicleta que dispensa esforço custa 2,7 mil e carrega baterias como celular

Ângela Kempfer | 02/08/2012 18:40
O aposentado Manuel Antonio da Silva comprou a bike há cerca de 2 meses.
O aposentado Manuel Antonio da Silva comprou a bike há cerca de 2 meses.

A bicicleta elétrica não chega a ser uma novidade, mas ainda é tão difícil encontrar em Campo Grande que o Lado B resolveu descobrir onde é possível comprar, quanto custa e qual a opinião de quem trocou o esforço pela baterias recarregáveis.

Por incrível que pareça, em tempos do ecologicamente correto, apenas a Ciclo Reis vende esse tipo de produto na cidade e, mesmo assim, os interessados vão ter de esperar 25 dias para próxima remessa de magrelas movidas a eletricidade.

Criada para ser uma opção menos agressiva ao meio ambiente, a ideia parece ainda não ter conquistado o consumidor, que não está muito disposto a trocar a moto pela bicicleta.

Apesar da economia com a gasolina, a potência ainda é a preferência dos motociclistas.

Mas como o assunto é a bicicleta, vamos aos detalhes. Os modelos são de diversas marcas e tem autonomia de 35 quilômetros. Se a carga acabar, é só acionar os pedais.

As pessoas que procuram, na maioria das vezes são as mais velhas, acima dos 50 anos, quase sempre os aposentados de classe média.

Depois de um dia andando por aí no bairro Nova Lima, o aposentado Manuel Antonio da Silva conta que coloca a bicicleta para carregar como faz com o celular. “Não gasta nada, nem dá para ver na conta de luz a diferença”, garante.

Ex-caminhoneiro, ele diz que também abandonou a moto e já comprou várias bicicletas. “tentei a motorizada, mas é muito ruim e gasta. Daí comprei a elétrica e adoro”, conta.

O gerente da Ciclo Reis, Leonildo Oliveira, prevê um gasto de R$ 15,00 ao mês com a eletricidade.

Já o valor da bicicleta... Enquanto uma baratinha sai por R$ 198,0o e as de alumínio chegam a R$ 1,9 mil, a elétrica custa R$ 2,7 mil.

Ele diz que o equipamento atinge 60 quilômetros por hora, mas com ar de certeza diz que “ninguém vai atingir essa velocidade. Quem quer andar de bicicleta vai no máximo a 20 por hora”. Até porque, o único acessório de segurança que o dono de um equipamento desses costuma comprar é o capacete normal, de ciclista.

Neste ano foram vendidas 15 bicicletas, e no mês de julho 5. Hoje, duas pessoas já colocaram o nome na lista de espera pelo modelo elétrico.

Por enquanto, não há regulamentação, só proposta de regras para esse tipo de veículo, como a permissão do tráfego pelas ciclovias e a isenção da necessidade de licenciamento, emplacamento e habilitação específica.

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