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Consumo

Tereré para quem pode, com erva aromatizada e garrafas de inox ou couro

Ângela Kempfer | 19/07/2012 16:31
Prateleira com ervas do Paraguai e Uruguai. (Fotos: Minamar Júnior)
Prateleira com ervas do Paraguai e Uruguai. (Fotos: Minamar Júnior)

O Mercadão é o ponto tradicional da erva de tereré em Campo Grande, mas uma franquia mostra que o comércio que envolve a bebida mais popular de Mato Grosso do Sul vai muito além.

Em lojas na avenida Mato Grosso e na Joaquim Murtinho, a erva tem gosto de menta com canela, de guaraná, pode ser energética, conter ginseng, inibir apetite e é a base até de gel pós-barba e sabonete.

Enquanto o quilo por aí sai por R$ 2,00, na Tereréshop, os valores começam em R$ 5,50 e vão até R$ 13,00, mas o produto é “premium”, vem até do Uruguai.

O dono da loja, Antônio Branco, explica que as mais caras são as “estacionadas”, ervas envelhecidas, como vinho. A uruguaia Canarias é embalada a vácuo e “não tem palitos, só folhas, assim o gosto fica por muito mais tempo”, diz Branco.

A maioria das marcas é do Paraguai, mas a “ilex paraguariensis” também vem de Naviraí e do Paraná para ser embalada pela Tereréshop. “Temos cuidado até com a cor da embalagem, precisa ser escura, para não queimar a erva”, lembra Branco.

Nas prateleiras, entre os quilos de ervas, há uma infinidade de gracinhas para quem toma tereré.

Até uma bomba pode ser diferente. Além das personalizados, com símbolos de times de futebol por exemplo, há um que controla o fluxo da bebida. Com uma rosca na ponta, quanto mais frouxa fica, mais liquido passa. O item é um dos preferidos do dono da loja que monta um kit ao gosto dele.

Além da bomba, de R$ 78,00, Branco escolhe uma cunha de inox, uma garrafa do mesmo material e a erva crioula, encorpada, forte, que custa R$ 9,00 o quilo. “O inox é ótimo porque é fácil de lavar”, explica.

Garrafas encouradas, de diferentes cores, por R$ 120,00.
Garrafas encouradas, de diferentes cores, por R$ 120,00.
Guampas e bombas a venda na loja da avenida Mato Grosso.
Guampas e bombas a venda na loja da avenida Mato Grosso.
Para São Paulo, vão cinco quilos de tereré e cinco guampas de plástico.
Para São Paulo, vão cinco quilos de tereré e cinco guampas de plástico.

Para outras preferências, há guampas verdadeiras, revestidas em couro, de plástico e descartáveis.

A parte mais fashion do estoque são as garrafas revestidas de couro, pintadas, inclusive, na versão dourada, por R$ 120,00. A mais cara, no entanto, é a com figura de cavalo, a R$ 325,00.

Regina Tezza apareceu hoje na loja com o sobrinho que hoje vive em São Paulo. O rapaz saiu de lá com R$ 87,00 em compras. “Tô levando 5 quilos de erva que, para mim, dá para o ano todo”, comenta, com mais 5 guampas de plástico na sacola.

A tia já é freguesa do tereré e “exporta” a erva até para os Estados Unidos. “Levo uma mala cheia quando vou para o Texas, visitar meu filho”, conta.

A fama do tereré no Brasil também chegou longe. Uma loja da franquia foi aberta há cerca de um ano em Rio Branco, no Acre. “E já negociamos com todo o Brasil, porque também temos marcas de erva com exclusividade para a revenda”, comemora o proprietário da marca Tereréshop, Leo Wenoli.

Para ele, a bebida começa a fazer sucesso fora do Estado não pelo calor brasileiro ou pela cultura. "É porque hoje vivemos um tempo de saúde, que as pessoas buscam isso.

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