Loucos por dança, amigos criaram perfil para divulgar bailões da cidade

O que começou como um churrasco entre amigos para “juntar o povo e dançar” virou um ponto de encontro virtuais para quem gosta de bailão, forró, chamamé e qualquer ritmo que permita dançar agarradinho.

Criado pelo corretor Luiz Abel Júnior, de 39 anos, e abraçado pelo professor de dança de salão João Alcântara, de 31, o perfil 'Rolê da Dança' já reúne quase 11 mil seguidores no Instagram, promove eventos próprios e movimenta pistas de dança em Campo Grande e até fora do Estado.

Luiz, apaixonado por dança desde 2011, conta que sentia falta de encontrar facilmente os bailes da cidade. “A divulgação era pequena e restrita a pequenos grupos. A gente queria que mais pessoas soubessem, para fortalecer as festas, as escolas de dança e, assim, todo mundo crescer”, explica.

Em 2020, no meio da pandemia, ele transformou essa insatisfação em ação e criou a página para divulgar escolas, professores e locais onde tivesse dança, do forró ao pagode, passando pela salsa e a vaneira.

A rede de contatos veio da experiência. “Eu conheço todos os professores e todas as escolas de dança. Já fiz aula em várias e fui monitor também. Então, a gente tinha acesso livre a todos esses lugares”, conta.

O que era só divulgação virou também organização de eventos, sempre com um toque comunitário. “Nosso primeiro evento no CTG foi sem nenhum centavo. Fizemos tudo na parceria e, no final, deu certo. Juntamos 170 pessoas em uma quinta-feira à noite. Isso foi a prova que o campo-grandense gosta de um bailão e foi só o começo de muitos outros eventos que queremos fazer”, avalia.

João entrou no projeto pela porta da pista. Frequentador assíduo de bailes desde os 15 anos, ele conheceu Luiz em uma dessas noites e acabou assumindo a missão de ampliar o alcance da página. “Todo baile que a gente ia, tirava foto e chamava as pessoas dp grupo para participar. O pessoal foi gostando e querendo se aproximar. Virou era rede que é hoje”, relembra.

Além de divulgar festas, o Rolê da Dança se tornou uma comunidade. Só no grupo fixo já são mais de 830 pessoas, mas, somando todas as conexões, passam de 3 mil apaixonados por dançar.

Segundo João, a diversidade é regra. “Tem gente de 12 até 100 anos, todo tipo de tamanho e idade. O foco de todo mundo é ter sempre uma opção de lugar para se divertir”, destaca.

Além de fortalecer a cena da dança, os dois usam o projeto para causas sociais. “Já levamos dança para um projeto com crianças, demos presentes. Nesse dia um senhor que vendia churros passou e perguntou o que estava acontecendo. Quando explicamos, ele abraçou  a ideia e dei churros para todas as crianças. Foi lindo demais", pontua.

Hoje, a agenda é intensa. Tem bailes em Campo Grande de terça a domingo, e o Rolê da Dança segue mapeando e atraindo público para cada um deles. “A gente faz as pessoas se divertirem e isso deixa o trabalho prazeroso”, afirma João.

Luiz resume o propósito que o uniu ao amigo. “Nosso objetivo é fazer a dança crescer. É cultura, é saúde, é encontro. Queremos que cada vez mais gente descubra como é bom curtir um bom baile", explica.

O perfil da página no Instagram é @roledadanca.

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