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Diversão

Mais que um país distante, Jordânia mostrou a Yngrid outra face da fé

Imagine como é chegar no escritório e ouvir: “Quer ir para Jordânia?”. Yngrid escutou isso e teve experiência tranformadora

Thailla Torres | 07/05/2020 06:34

Mais de dois meses depois de voltar ao Brasil, após uma viagem à Jordânia, Yngrid fala sobre a experiência como se estivesse em cada cantinho visitado. De uma viagem inesperada para um dos roteiros mais inesquecíveis da vida, a sul-mato-grossense conta no Voz da Experiência como foi conhecer uma das civilizações mais antigas do mundo e ver uma outra face da fé.

Yngrid passou seis dias com um roteiro intenso na Jordânia. (Foto: Yngrid Corsini)
Yngrid passou seis dias com um roteiro intenso na Jordânia. (Foto: Yngrid Corsini)

“O que você vai fazer do dia 3 ao dia 10 de fevereiro, Yngrid?”, fui questionada assim que pisei no escritório em uma terça-feira qualquer. Faltava pouco mais de um mês para data e de fato eu não tinha nenhum plano. “Quer ir para Jordânia?”.

Bom antes de mais nada vou voltar um pouco no tempo para você, que está lendo, poder (re)viver comigo essa aventura.  Meu nome é Yngrid Corsini e eu sou a jornalista responsável pela plataforma colaborativa Lugares Pelo Mundo. Fui picada pelo bichinho da paixão pelo mundo e por viagens ainda criança, e esse desejo que sempre ardeu em mim me levou da minha cidade natal, Campo Grande, para São Paulo e fez com que eu buscasse oportunidades que me aproximassem do meu sonho.

A Jordânia é um museu a céu aberto, com histórias milenares que são contadas em cada detalhe. (Foto: Yngrid Corsini)
A Jordânia é um museu a céu aberto, com histórias milenares que são contadas em cada detalhe. (Foto: Yngrid Corsini)

Participar da construção do Lugares Pelo Mundo, é a materialização de um sonho, que ainda está se fazendo e crescendo. Assim como o sonho de fazê-lo estando cada hora em um lugar pelo mundo. E o convite que escrevi acima veio por causa desse caminho que estava sendo traçado. Um caminho de plantar sementes de inspiração sobre o mundo e para o mundo. 

O convite era para acompanhar um grupo de agentes de viagens em um roteiro religioso pela Jordânia e fazer um material que pudesse ilustrar essas experiências. Fiz o convite a um grande amigo meu, Rodrigo Rezende, para que pudéssemos narrar essa história juntos. E que história! 

Posso quase apostar que a Jordânia não está no topo da sua lista de desejos de próximas viagens, isto é, se ela estiver nessa lista. Mas uma coisa te aconselho: coloque-o!  Sinto que meu vocabulário precisa evoluir muito para que eu possa com palavras descrever o que descobri e o tanto que a experiência nesse país me transformou. 

Há neles o desejo de te apresentarem sua morada, sua cultura. (Foto: Yngrid Corsini)
Há neles o desejo de te apresentarem sua morada, sua cultura. (Foto: Yngrid Corsini)

A Jordânia é um museu a céu aberto, com histórias milenares que são contadas em cada detalhe. Foram seis dias com um roteiro intenso. Passamos por vários locais como: Jerash e Umm Qais, que são ruínas de Decápolis Romanas. Com colunas que resistem ao tempo, nos contam histórias de um grande reino que influenciou a história da humanidade. Conhecemos Madaba e seus mosaicos, arte bizantina que vai além do estético e narra de maneira colorida e representativa histórias da Terra Santa, seus símbolos e marcos. 

Estivemos em locais sagrados. Como o Monte Nebo, local em que Moisés viu a Terra Santa cujo povo que por ele foi guiado pelo deserto durante 40 anos entraria, ele porém não entrou, apenas a viu, do alto! Estivemos também no local em que João Batista viveu e batizou muitos, preparando um caminho no deserto até cumprir seu destino e batizar também Jesus Cristo. 

Estivemos em Umm Ar-rasas, ruínas de uma cidade que foi habitada pelos romanos, bizantinos e pelos muçulmanos. Local que as rochas contam histórias de muitos anos, de diversos povos. Assim como Petra, o sítio arqueológico que sequer foi completamente descoberto, entretanto o pouco que se descobriu são gigantes e deslumbrantes construções milenares gravadas na rocha. Conhecemos também o Mar Morto, o deserto Wadi Rum e o Mar Vermelho. 

A tolerância é algo palpável, os moradores, em sua simplicidade e respeito te apresentam um país que está muito além de um destino turístico. (Foto: Yngrid Corsini)
A tolerância é algo palpável, os moradores, em sua simplicidade e respeito te apresentam um país que está muito além de um destino turístico. (Foto: Yngrid Corsini)

Com esses três parágrafos espero ter despertado a curiosidade dos cenários e histórias, que são espetaculares. Contudo, o que realmente me tocou acima de tudo em estar na Jordânia é ter o preconceito esmigalhado por um povo sorridente, que mesmo que não partilhe da mesma crença, tradições e padrões ainda te sorri com o mais sincero dos sorrisos, te convida para entrar e com todo o amor e respeito que podem demonstrar, te apresentam a sua casa. 

A tolerância é algo palpável, os moradores, em sua simplicidade e respeito te apresentam um país que está muito além de um destino turístico. Há neles o desejo de te apresentarem sua morada, sua cultura. A gastronomia, por exemplo, que se faz de mesas sempre fartas e pães em todas as refeições é como um convite para comunhão e apresentação de seus costumes e hábitos. Chá, café, pães, doces, temperos, cores… Seus sabores são ostentados como tesouros. Com grande alegria os que lá vivem te apresentam seus pratos e sua comida que inegavelmente são absurdamente deliciosos. Aliás, eu recomendo que ao ir para Jordânia coma sem peso na consciência e trate os quilinhos a mais, que certamente virão, como uma boa lembrança. 

A Jordânia foi muito mais do que uma viagem para um país distante e diferente. Muito mais do que um roteiro e paisagens. Em cada passo que eu dava eu sentia que existia história que vinha antes de mim e que continuaria depois de mim, e ainda assim, ali estava eu e ali ficaria minha pegada. Fez com que eu percebesse que Moisés, Jesus, Elias, João e todos os outros personagens bíblicos que dizem que por lá passaram, só passaram de fato por que acreditamos que passaram. E acreditar é a base para construir e conhecer qualquer história. 

Histórias já foram escritas e seguem sendo escritas, e eu que sou cristã desde que me conheço por gente, me vi confrontada. “Foi aqui que aconteceu” eu pensava a cada local, a cada acontecimento passado que por minha mente inquieta passava. E a fé que em mim sempre existiu se agigantava. Sim, foi ali e eu não preciso de provas. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem”, já bem disse o livro antigo. 

A fé no que foi também é a fé no que virá! Depois da viagem e da coleta de imagens queríamos fazer um material que pudesse transmitir o que conhecemos e experienciamos lá… Bem na volta da viagem, antes de terminarmos o material eis que estoura no mundo uma pandemia. Em meio a todo o caos resolvemos usar essa experiência para trazer esperança e fortalecer a fé.

Há muita história que veio antes de nós e muita que virá depois, é preciso ter calma, esperança e acima de tudo ter fé!

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