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Diversão

Tropicanapa parece festival de música nacional mas é festa em Campo Grande

Evento acontece há seis anos na Capital e celebra boas energias com show de Rincon Sapiência

Thais Pimenta | 18/12/2017 07:50
(Foto: Sarah Diniz Outeiro/Divulgação)
(Foto: Sarah Diniz Outeiro/Divulgação)

Uma festa que mais parece um festival, essa é Tropicanapa. No último sábado rolou a edição com show do rapper paulista Rincon Sapiência. O Rota Acústica ganhou decoração especial feita pelos produtores do evento e nem a chuva minutos antes de abrir os portões foi capaz de desanimar o público.

Há seis anos a primeira edição da Tropicanapa acontecia. Desde o princípio, a proposta da festa se diferenciava do que já era feito em Campo Grande. O que começou pequeno, na casa de um dos organizadores, Guilherme Gonçalves, se transformou em uma grande festa.

Cachaça Mecânica no palco. (Foto: Thaís Pimenta)
Cachaça Mecânica no palco. (Foto: Thaís Pimenta)

O marketing produzido vendia uma proposta "good vibes" e consequentemente atraia curiosos interessados em vivenciar essa experiência. Pensada para os jovens, as atrações propagam a cultura urbana em todas as suas vertentes, do grafite à dança hip hop.

A equipe do Lado B foi conferir a última edição pra entender confirmar se a Tropicanapa tem mesmo uma vibe diferente ou se tudo não passava de uma (boa) jogada de marketing.

Rincon no palco. (Foto: Sarah Diniz Outeiro/Divulgação)
Rincon no palco. (Foto: Sarah Diniz Outeiro/Divulgação)

E não demorou muito até sentir que a energia de lá é mesmo autêntica. Não fosse o público, que é o mesmo de todos os outros rolês da cidade, dava pra ter a sensação de estar em um festival de música. O espaço alternativo, a decoração recycle colorida misturada às árvores, passavam a impressão de que estávamos em uma festa na floresta bem bolada.

A discotecagem da dupla de djs Cachaça Mecânica, formada por André Samambaia e Augusto Chico, abriu a pista com um som totalmente produzido por vinis. Brasilidades, samba de raiz e reggae music deram boas-vindas aos visitantes.

Para Chico, o evento tem uma energia diferente. "A gente toca desde a primeira edição. Acho que as pessoas já esperam pela Tropicanapa, o rolê já criou identidade própria da cidade", conta.

Enquanto a música rolava, três pessoas passavam pelos espaços defumando o ambiente, dançando com panos e encantando a galera. Maquiagens artísticas faziam as intervenções serem ainda mais delicadas.

A artista Alice Hellman está presente na festa desde a primeira edição e, como era de se esperar, marcou presença no rolê grafitando um grande mural de madeira disposto para servir de quadro a ela. "Eu e a Tropicanapa estamos juntas no rolê, nós temos públicos parecidos e um ajuda o outro a crescer", comenta.

Para ela, o sucesso se deve à energia de cada pessoa presente na festa. "Todo mundo que tá aqui vem de corpo aberto, de alma e espírito para se divertir, tratar todo mundo bem, ninguém vem pra implicar, pra problematizar nada, pelo contrário, vem pra resolver".

Alice Hellman durante grafitagem. (Foto: Sarah Diniz Outeiro/Divulgação)
Alice Hellman durante grafitagem. (Foto: Sarah Diniz Outeiro/Divulgação)

O tradicionalíssimo dj de rap Magão esquentou a galera pro grande show da noite. Rincon subiu ao palco lá pelas 2h e fez a alegria dos fãs que puderam pela primeira vez assistir ao vivo o rapper em Campo Grande.

Para o jornalista Daniel Campos, fã assumido do músico, o momento foi inesquecível. "Gostei bastante. Ricon dominou muito o público e manteve o show lá em cima", diz.

O MC, acompanhado de sua banda, apresentou os hits do início de sua carreira, como "Elegância" e "Ponta de Lança" e também músicas do último CD lançado esse ano, o "Galanga Livre".

O gingado do músico contagiou toda a galera. A energia positiva tomou conta de quem assistia ao show e sua mensagem de empoderamento foi recebida durante 1h30 de apresentação.

O produtor cultural e dj paraibano Furmiga Dub fechou a noite, encerrada por volta das 6h da manhã.  

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