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Baile e oficina mostram que dançar a dois transforma a relação com o outro

Thailla Torres | 04/02/2018 07:15
O evento realizado neste fim de semana, no Bar Genuíno, foi para conectar pessoas através dos passos.(Foto: Daniel Lacraia)
O evento realizado neste fim de semana, no Bar Genuíno, foi para conectar pessoas através dos passos.(Foto: Daniel Lacraia)

Empatia é palavra-chave para a transformação  pela dança. Por isso, foi lema do baile e "Oficina do Sentir", evento realizado neste fim de semana no Bar Genuíno, para conectar pessoas com os passos, sem muitas regras.

"Elas não estão mais em busca, apenas, de movimentos e passos ensaiados. As pessoas compreendem que, na dança, existe uma troca de energia. Por isso, a gente mostra um caminho que vai além daquela dos movimentos quadradinhos", explica a psicóloga e professora de dança, Ana Loureiro.

O evento foi uma iniciativa do Coletivo Nós, recém-criado em Campo Grande por Ana e a professora de dança Camila Nantes. Também ministrado pelos professores Alberto Eikiti e Diego Franco. A proposta é transformar o cenário da dança atraindo pessoas para arte de um jeito mais sensível.

Na dança, basta se entregar. (Foto: Daniel Lacraia)
Na dança, basta se entregar. (Foto: Daniel Lacraia)

"É fazer as pessoas entenderem que a dança proporciona muito mais do que um ritmo. Mas o contato com o outro traz sentimentos, sensações e energias. Principalmente, deixar de lado a ideia que só é possível dançar a dois tendo um par conhecido ou que isso só pode acontecer entre homem e mulher".

Na oficina e no baile, o coletivo deixou de lado os padrões. Mulheres com mulheres se entregaram aos movimentos. O mesmo fizeram os homens. "No primeiro dia de evento, na sexta-feira, nos surpreendemos muito. Sentimos a receptividade das pessoas através da vontade. Muitas querem dançar, mas se sentem desencorajadas por conta dos padrões".

A jornalista Karine Dias afirma que foi uma experiência única. "A gente conseguiu entender na oficina que todo mundo consegue dançar. Isso contribui muito mais pra gente refletir a questão do respeito, da educação e que cada um tem um momento. Isso nos faz se doar literalmente para que seja uma dança gostosa", declara.

O empresário Fernando Caldas, de 31 anos, dançou pela primeira vez. "O medo de errar um passo impedia de me aproximar da dança. Essa oficina foi a forma que encontrei de enfrentar esse medo, me descobrindo e, ao mesmo tempo, me encontrando no outro", diz.

Segundo Ana, a proposta é ressignificar o potencial da dança. "Ela pode ser uma ferramenta de transformação na vida dessas pessoas. Por isso a oficina chega com uma perspectiva acolhedora, mostrando que é necessário apenas se entregar".

Quem tiver interesse, a oficina continua neste domingo das 14h às 17h no Genuíno Bar. A inscrição pode ser feita na hora e custa R$ 60,00.

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A proposta é ressignificar o potencial da dança.(Foto: Daniel Lacraia)
A proposta é ressignificar o potencial da dança.(Foto: Daniel Lacraia)
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