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No Buriti, Amanda criou “fábrica de monstras” só para mulheres

Após sofrer com depressão, a proprietária decidiu que abriria um espaço para mulheres se sentirem livres

Por Aletheya Alves | 29/09/2023 06:29
Academia é composta apenas por mulheres tanto no quadro de alunas quanto no de profissionais. (Foto: Juliano Almeida)
Academia é composta apenas por mulheres tanto no quadro de alunas quanto no de profissionais. (Foto: Juliano Almeida)

Aos 16 anos, Amanda Rodrigues Lopes decidiu que iria criar uma academia apenas para mulheres e, 13 anos depois, a ideia conseguiu tomar forma. Hoje, mais do que simplesmente atender esse público, ela se orgulha em dizer que tem uma “fábrica de monstras”.

Com o espaço aberto há pouco menos de um ano no bairro Núcleo Habitacional Buriti, o nome do estúdio chama atenção em conjunto aos equipamentos rosa e endereço tomado por mulheres. Isso porque além do quadro de alunos ser composto apenas por elas, a regra também vale para as instrutoras.

Tendo esse critério em mente há muito tempo, a proprietária conta que desde o início vem “construindo monstras, mulheres guerreiras”. Ao tomar o desenvolvimento positivo com os exercícios físicos em sua própria vida como base, ela narra que o sonho começou muito cedo.

“Minha relação com esse mundo começou porque eu tinha um problema de obesidade, então tive contato muito cedo”, explica Amanda. E, precisando enfrentar um quadro de depressão é que sentiu a necessidade de ser ainda mais acolhida.

De acordo com Amanda, tendo passado por diversas academias, ela narra que sempre notou o receio ou a vergonha presente nas mulheres. Também tendo sentido isso, a ideia da Fábrica foi ter um local livre de julgamentos feitos por homens.

Local foi criado para ser um oásis em meio ao cenário comum de julgamento. (Foto: Juliano Almeida)
Local foi criado para ser um oásis em meio ao cenário comum de julgamento. (Foto: Juliano Almeida)
Equipamentos rosa e artes destacando mulheres entram na decoração. (Foto: Juliano Almeida)
Equipamentos rosa e artes destacando mulheres entram na decoração. (Foto: Juliano Almeida)

“Eu queria ter um lugar em que o atendimento fosse feito por mulheres, em que a gente pudesse ouvi-las e pensar na autoestima porque muitas chegam com depressão, falta de amor próprio e aqui estabelecemos uma regra de que, antes da beleza estética, a gente busca uma melhoria dessa mulher esquecida, que não é valorizada”, diz Amanda.

Em resumo, a idealizadora explica que o estúdio se tornou um oásis para as mulheres em meio a tantos espaços de julgamento. “Eu observei na minha experiência que muitas mulheres não conseguiam fazer os exercícios sem serem julgadas ou mal vistas. Então, sempre busquei um lugarzinho para atender mulheres como eu”.

E, sobre o nome, “Fábrica de Monstras”, Amanda detalha que pensou quando tinha seus 16 anos e morava no Rio de Janeiro.

“Esse nome vem de quando eu ainda era bem menina, estava morando no Rio e ouvi falar da Fábrica de Monstros. Fiquei com isso na mente e falei que um dia eu teria a Fábrica das Monstras, mas sem ter certeza de que isso realmente aconteceria”, diz a proprietária.

Sobre a dinâmica do estúdio, ela brinca que para criar as monstras há várias opções, indo desde a musculação até aula de ritmos. Além disso, um espaço foi reservado para atendimento nutricional.

Sonhando em ir mais longe, Amanda pontua que seu objetivo é continuar mostrando para cada vez mais mulheres que é possível se exercitar, cuidar de sua mente e de seus corpos sem precisar se sentir menosprezada no caminho.

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