ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
NOVEMBRO, QUINTA  27    CAMPO GRANDE 32º

Lado Rural

Parceria leva tecnologia social a comunidades indígenas em Dourados

Unidade de Referência do Sisteminha Embrapa mostra como pequenos espaços podem gerar alta produtividade

Por José Cruz | 27/11/2025 14:10
Parceria leva tecnologia social a comunidades indígenas em Dourados
Modelo fornece sistema de produção sustentável de alimento, que contribui para a segurança alimentar e a autonomia dos povos tradicionais. (Foto divulgação)

A Embrapa Agropecuária Oeste e a Faculdade Intercultural Indígena (Faind/UFGD) ampliaram a parceria para fortalecer a produção de alimentos em comunidades indígenas de Dourados.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

A Embrapa Agropecuária Oeste e a Faculdade Intercultural Indígena estabeleceram parceria para implementar o Sisteminha Embrapa em comunidades indígenas de Dourados. O projeto integra criação de peixes, hortaliças e frutas em pequenos espaços, visando fortalecer a segurança alimentar e autonomia produtiva das famílias.A tecnologia, que combina diferentes módulos de produção interligados, exige poucos insumos externos e permite manejo comunitário. Os resultados iniciais demonstram redução de custos e maior diversidade alimentar, com potencial para transformar territórios e aumentar a biodiversidade local nas aldeias participantes.

A iniciativa inclui a implantação de uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) do Sisteminha Embrapa, tecnologia social que integra criação de peixes, hortaliças e frutas em pequenos espaços.

O projeto faz parte do Acordo de Cooperação Técnica entre as instituições e tem como foco a segurança alimentar, o baixo custo de implantação e a autonomia produtiva de famílias indígenas.

A tecnologia foi adaptada ao contexto local e agora é utilizada tanto em atividades de pesquisa quanto em ações de formação na Faind.

Produção integrada e de baixo custo

O Sisteminha combina diferentes módulos de produção — como tanque de peixes, hortas, frutíferas e compostagem — que funcionam de forma interligada.

Isso permite aproveitar água, nutrientes e resíduos dentro do próprio sistema, aumentando a produtividade em áreas reduzidas.

A tecnologia é considerada adequada para povos tradicionais por exigir poucos insumos externos, permitir manejo comunitário e oferecer retorno rápido na oferta de alimentos frescos.

Resultados iniciais e expansão

Nas primeiras atividades do projeto, estudantes e representantes de comunidades indígenas participaram de oficinas práticas sobre manejo, compostagem, robótica sustentável aplicada ao sistema, produção de húmus e análise econômica do modelo.

Os dados iniciais mostraram que a integração dos módulos reduz custos e amplia a diversidade de alimentos produzidos, com potencial para fortalecer a autonomia alimentar das aldeias.

A Faind planeja incorporar a tecnologia também em seus cursos voltados para agroecologia, ampliando o alcance da iniciativa e formando futuros gestores comunitários da produção.

Ferramenta que transforma territórios

Relatos apresentados durante o evento mostram que o Sisteminha tem capacidade de mudar a paisagem e a rotina de comunidades rurais e tradicionais.

Experiências semelhantes em outros estados apontam aumento da biodiversidade local, melhora do microclima e mais oferta de alimentos variados ao longo do ano.

Em Dourados, a expectativa é que a URT se torne referência para aldeias próximas e incentive novas adaptações do modelo, respeitando os modos de vida e a organização comunitária indígena.