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Meio Ambiente

Água, chapéu e manga longa: a proteção dos trabalhadores aos 37ºC

Além do calorão em Campo Grande, Sonora foi o sexto município mais quente do Brasil ontem

Guilherme Henri | 13/11/2018 16:12
Pedreiro Ronaldo Rio em obra na Via Parque (Foto: Kísie Ainoã)
Pedreiro Ronaldo Rio em obra na Via Parque (Foto: Kísie Ainoã)

Com termômetros marcando 32ºC e a sensação térmica em 37ºC qualquer trabalho nas ruas de Campo Grande se transforma num verdadeiro canavial, onde o trabalhador tenta se proteger do sol forte com chapéu, camiseta no pescoço, manga longa e muita água.

Quem detalha a dura rotina é o pedreiro Ronaldo Rios, 41 anos. Em meio ao sol das 14h, o trabalhador batia massa em meio a Via Parque. Segundo ele, o calor está tão intenso que o trabalho de manusear o cimento precisa ser rápido ou a massa seca antes mesmo de você conseguir dar o devido acabamento.

“Mesmo com protetor, camisa de manga longa, chapéu e muita água o serviço parece que não rende. As vezes você tem que parar um pouco ou até passa mal”, descreve.

Leandro Ribeiro com proteção para o sol (Foto: Kísie Ainoã)
Leandro Ribeiro com proteção para o sol (Foto: Kísie Ainoã)
Trabalhadores realizando poda de canteiro do Parque das Nações Indígenas (Foto: Kísie Ainoã)
Trabalhadores realizando poda de canteiro do Parque das Nações Indígenas (Foto: Kísie Ainoã)
Galão de água de trabalhadores da poda (Foto: Kísie Ainoã)
Galão de água de trabalhadores da poda (Foto: Kísie Ainoã)

Opinião compartilhada por Leandro Ribeiro, um dos responsáveis pela poda da grama na cidade. “Camiseta no ‘lombo’, boné para segurar, macacão da empresa e galão de água na mão são indispensáveis. E claro, sem esquecer do protetor solar também, porque em algumas regiões, como no Centro da cidade, parece que fica ainda mais calor”, detalha.

O calorão mesmo só é bom para quem curte ou para quem ganha dinheiro com as altas temperaturas. O que é o caso de Ronaldo Ivan, 52 anos, que vende coco em frente ao Parque das Nações Indígenas há 24 anos.

Segundo ele, quando as vendas dele acompanham as altas dos termômetros. “Em dias como este as vendas chegam a subir 50%. No fim de semana então, os negócios são melhores ainda. Chego a vender 70% a mais do que em dias ‘cinzas’”, revela o comerciante.

Cocos vendidos em quiosque nos Altos da Afonso Pena (Foto: Kísie Ainoã)
Cocos vendidos em quiosque nos Altos da Afonso Pena (Foto: Kísie Ainoã)
Vendedor de cocos Ronaldo Ivan (Foto: Kísie Ainoã)
Vendedor de cocos Ronaldo Ivan (Foto: Kísie Ainoã)

Temperaturas – E não é só na Capital que o sol “castiga”. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) Sonora – a 364 quilômetros de Campo Grande – foi o sexto município mais quente do Brasil ontem (12). Lá, a máxima atingiu 38,8ºC. Já o município mais quente foi Boa Vista (RR) com 39,6ºC.

Conforme o meteorologista Ernesto Alvin, do Inmet, historicamente as altas temperaturas são típicas do fim de ano. Ainda conforme ele, o período de intenso calor começou em outubro e até agora em Campo Grande o dia mais quente do mês atingiu 35,6ºC.

Enquanto isso, moradores de outras cidades do Estado também sofrem com o clima quente. Em Corumbá por exemplo, conforme o portal Sensação Térmica, o calorão é de 42ºC na tarde desta terça-feira.

No calor, até cimento seca antes mesmo de se manuseado (Foto: Kísie Ainoã)
No calor, até cimento seca antes mesmo de se manuseado (Foto: Kísie Ainoã)

Próximos dias - No oeste, sudoeste e sul do estado tempo fica mais instável e chove forte do decorrer da quarta e quinta-feira (14 e 15).

As temperaturas máximas caem um pouco a partir de quarta no sul do Estado por conta das chuvas que ocorrem no decorrer do dia, mais intensamente no período da tarde.

Na sexta-feira o sol começa a aparecer entre nuvens à partir do oeste e sul do Estado. A tarde ainda são observadas pancadas de chuva e trovoadas isoladas de intensidade moderada, ocasionalmente forte no centro, sul e leste do Estado.

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