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Meio Ambiente

MP fiscaliza cumprimento de TAC após morte de 43 cabeças de gado em Nioaque

Órgãos de controle encontraram dezenas de bovinos mortos em fazenda do após denúncias de maus-tratos.

Por Judson Marinho | 26/11/2025 18:52
MP fiscaliza cumprimento de TAC após morte de 43 cabeças de gado em Nioaque
Registro de bovinos mortos em propriedade de Nioaque investigada pelo Ministério Público (Foto: MPMS)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) instaurou um procedimento administrativo para garantir o cumprimento de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com a proprietária rural de Nioaque, após a morte de 43 cabeças de gado por falta de alimentação.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou um procedimento administrativo para fiscalizar o cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com uma proprietária rural de Nioaque. A medida foi tomada após a morte de 43 cabeças de gado devido à falta de alimentação adequada. A situação foi descoberta durante uma fiscalização conjunta realizada pelo Imasul, Iagro e Polícia Militar Ambiental, que constataram animais em condições críticas, incluindo pastagem degradada e ausência de cuidados veterinários. A proprietária foi multada em R$ 273 mil e teve 230 animais apreendidos, avaliados em R$ 207 mil. Ela também foi obrigada a fornecer alimentação imediata ao rebanho. O TAC definitivo, firmado em março de 2025, prevê o pagamento de R$ 190 mil em parcelas mensais, com multa em caso de atraso. O MPMS reforçou a necessidade de monitoramento contínuo para evitar novos casos de maus-tratos e garantir a proteção ambiental. A promotora Mariana Sleiman Gomes destacou o compromisso do órgão com a defesa dos animais e do meio ambiente.

O caso teve início após fiscalização conjunta do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e da PMA (Polícia Militar Ambiental). Os órgãos constataram a morte de 43 cabeças de boi, no dia 13 de outubro de 2024, e encontraram outros animais em situação crítica, com pastagem totalmente degradada, ausência de suplementação alimentar e falta de cuidados veterinários.

Diante da gravidade da situação, foram adotadas medidas administrativas e criminais. A proprietária foi autuada em R$ 273 mil, além da apreensão de 230 animais avaliados em R$ 207 mil.

Também foi notificada para fornecer alimentação e cuidados imediatos ao rebanho. A situação foi registrada pela Polícia Civil através de um registro de boletim de ocorrência.

Antes do TAC definitivo, firmado em março de 2025, o MPMS já havia celebrado um acordo emergencial em agosto de 2024, visando impedir novas mortes.

O documento previa que os 150 bovinos adultos recebessem 4 kg de ração por dia, equivalente a 600 kg diários, e que 80 bezerros recebessem 1,5 kg cada, totalizando 120 kg diários. A pecuarista também deveria disponibilizar 10 rolos de feno, apresentar notas fiscais das aquisições, contratar um veterinário e enviar relatórios a cada três dias ao Ministério Público, além de permitir fiscalização semanal do cumprimento da PMA de Jardim.

Esse acordo emergencial, de acordo com o Ministério Público, foi cumprido por cinco meses, com envio regular de documentos e acompanhamento veterinário.

No TAC definitivo, a proprietária assumiu a obrigação de pagar R$ 190 mil em 76 parcelas mensais de R$ 2.500, destinadas aos beneficiários previstos no documento. O acordo prevê multa de R$ 300 por mês de atraso, limitada ao valor total, além da possibilidade de execução judicial em caso de descumprimento.

Porém, o ministério julgou necessária a instauração de novo procedimento administrativo para reforçar o acompanhamento do Ministério Público sobre o caso.

“O caso evidenciou a necessidade de atuação firme para assegurar que maus-tratos não sejam ignorados. O acordo inicialmente firmado e o TAC posteriormente celebrado, com fiscalização contínua de seus termos, demonstram que o MPMS está atento e comprometido com a defesa do meio ambiente e da dignidade dos animais”, afirmou a promotora de Justiça da 1ª Promotoria de Nioaque, Mariana Sleiman Gomes.

Com a ação, o MPMS reafirma seu compromisso com a prevenção de novos episódios semelhantes e com a efetiva responsabilização por danos ambientais e maus-tratos a animais.

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