“Ou se compra terra, ou começa a guerra”, diz deputado sobre conflito
O deputado Eduardo Rocha (PMDB) espera que a reunião marcada para amanhã (21) entre o governador André Puccinelli (PMDB), os representantes dos produtores rurais com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tenha resultados concretos já que a situação no Estado já está em clima de guerra.
“O prazo que os produtores terminam dia 30, ou se compra terra, ou começa a guerra, a União não pode esperar que 40 ou 50 pessoas morram para começam a agir”, destacou ele.
Eduardo ressalta que a solução é a desapropriação das terras com indenização aos produtores e definição da área indígena, com o envolvimento de terras que estão confiscadas.
“Existem áreas que estão confiscadas do tráfico de drogas, porque não vender, trocar ou ceder aos índios e produtores? Existem várias maneiras de negociar”.
O deputado diz que a melhor alternativa será a presidente Dilma Rousseff (PT) levar a questão para seu gabinete e retirá-lo do ministério da Justiça. “Ela tem que resolver e chegar a uma solução até porque o conflito está no Centro-Oeste, Norte e até no Sul”.
Dúvidas – A deputada Mara Caseiro (PT do B) tem dúvidas em relação a uma solução da União, já que participou de várias audiências que não resultaram em nada.
“Já falei ao Delcídio (Amaral) para que mais uma reunião senador? O ministro já perdeu a credibilidade, pois combina algo e depois não cumpre”.
Rinaldo Modesto (PSDB) também ponderou que os deputados já foram em comitiva a Brasília e o ministro já veio a Campo Grande, e mesmo assim a situação continuou sem resultados.
“Nada aconteceu, o que vimos são índios sem condições adequadas, e aumentando a entrada de álcool e drogas nas aldeias”.
Zé Teixeira (DEM) também argumentou que não adianta ceder área os indígenas sem que haja o mínimo de estrutura para que ele possa viver e produzir na terra.
“Eles são abandonados depois, não há qualquer planejamento para que eles possam se manter precisam sobreviver com ajuda de programas sociais”, apontou.