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Política

Alvo de operação do Gaeco, diretoria do Detran pede para sair do cargo

Marta Ferreira e Rafael Ribeiro | 31/08/2017 16:00
Gerson Claro Dino ao anunciar sua saída do Detran
Gerson Claro Dino ao anunciar sua saída do Detran

Preso durante a Operação Antivírus, que investiga suspeitas de corrupção no Detran (Departamento Estadual de Trânsito), o advogado Gerson Claro Dino não é mais diretor-presidente do órgão. Em coletiva nesta tarde, ele anunciou que entregou a carta de demissão ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), juntamente com outros três diretores e um chefe de setor envolvidos na investigação.

“Eu não nasci presidente do Detran e não prestei concurso, é um cargo político que precisa de confiança da sociedade. E se nesse momento existe dúvida, quero que a sociedade busque a verdade", declarou Gerson ao anunciar sua saída, no auditório da Governadoria. Ele estava acompanhado do secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, além do assessor jurídico do Governo, Felipe Matos.

Ao comentar a decisão, Gerson Claro Dino afirmou que está tranquilo quanto às investigações e afirma que, em sua gestão, o órgão teve melhoras. "O Detran é uma autarquia que arrecada 500 milhões de reais por ano. Tenho tranquilidade, como um homem religioso, que atendi aquilo que o governador solicitou e entrego o Detran melhor do que encontrei."

A operação

Gerson Claro Dino foi preso na madrugada de terça juntamente com o diretor-adjunto Donizete Aparecido da Silva, o diretor administrativo e financeiro, Celso de Oliveira, e o diretor de Tecnologia, Gerson Tomi, e o chefe de departamento Erico Mendonça.

Ao todo, foram presas 12 pessoas pela operação, entre elas o ex-deputado estadual Ary Rigo,o sócio da Digix, antiga Digitho Brasil, Jonas Schimidt das Neves e o secretário da empresa Claudinei Martins Rômulo. Todos já estão livres, graças a habeas corpus concedidos pelo Tribunal de Contas

Pelo menos oito empresas de Mato Grosso do Sul são investigadas na Operação por contratos suspeitos com o Poder Público. O Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) investiga crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato e organização criminosa.

Os depoimentos dos envolvidos estão sendo tomados ainda, na sede do Gaeco.

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