Campo-grandense se divide sobre cassação e teme paralisação da cidade


Moradores de Campo Grande estão divididos sobre a cassação do mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). No entanto, todos temem a paralisação da Capital com a instabilidade política.
O advogado Marcos Vinicius, 26 anos, acredita que a cidade não tem se desenvolvido como antes, mas que o tempo para cassar o prefeito “tinha que ser no ano passado” para reduzir a instabilidade e fazer com que os projetos avancem na Capital.
Por outro lado, uma troca de comando na Prefeitura preocupa a funcionária pública Ilda Vieira, 60 anos, que observa não apenas a “falta de carinho” de Bernal com a cidade, em especial no quesito urbanização, mas também ampliar uma paralisação da administração municipal em caso de troca.
“A continuidade é, muitas vezes, ideal porque a mudança gera paralisação até que se tome uma posição. Talvez o prefeito não foi bem por inexperiência”, comenta Ilda.
Indício de uma gestão instável pode ser observado, de acordo com o auxiliar administrativo Bruno Eduardo Ferreira, 23 anos, nas ruas da cidade que estão esburacadas e em um desenvolvimento morno que sinaliza uma Campo Grande “parada no tempo”. Ainda conforme Bruno, “a cassação é perseguição, mas ele não está fazendo nada” para reverter isso.
A secretária Edilaine Sandim, 32 anos, até concorda com uma possível cassação desde que todas as denúncias sejam realmente comprovadas, o que afirma ainda não ter visto ocorrer. Já o aposentado José Carlos Benedito, 66 anos, vê na decisão da Câmara Municipal um desrespeito de “um pequeno grupo”, mas também admite que o prefeito precisa dar mais atenção a cidade e, em especial, a saúde.
Por fim a também secretária Simone da Silva Lima, 41 anos, acredita que a cidade está “andando até demais” e que é “perda de tempo” se cassar o prefeito no qual votou nas eleições de 2012. “Até agora não estou vendo nada que justificasse a cassação dele. Acho muito injusto”, ressalta Simone que também admite ter se decepcionado com a política local.