Chefe de gabinete preso em ação contra jogatina pede exoneração da Assembleia
Nova fase da Sucessione, na semana passada, teve funcionário de Neno Razuk como um dos alvos

Preso por corrupção passiva e ativa, além de fazer parte de organização criminosa, o chefe de gabinete do deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PSDB), Marco Aurélio Horta, pediu exoneração da Assembleia Legislativa. A oficialização deve sair nos próximos dias, com data retroativa a 1º de dezembro, informou esta manhã o presidente da Alems, Gerson Claro (PP). Ele foi alvo da 4ª fase da Operação Successione, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado).
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O chefe de gabinete do deputado estadual Neno Razuk (PSDB), Marco Aurélio Horta, preso na 4ª fase da Operação Successione, apresentou pedido de exoneração da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O desligamento terá efeito retroativo a 1º de dezembro, conforme informou o presidente da Casa, Gerson Claro (PP). A operação, realizada pelo Gaeco, investiga atividades ligadas a jogos de azar e cumpriu 20 mandados de prisão preventiva em quatro estados. Claro ressaltou que não há conexão entre o trabalho de Horta na Assembleia e as atividades investigadas. Na mesma operação, o pai e dois irmãos do deputado Razuk também foram presos.
No dia da prisão, 25 de novembro, terça-feira passada, a reportagem apurou que Horta estava em licença médica, após ser submetido a uma cirurgia. Ele foi localizado pela polícia e levado para o Cepol (Centro Especializado de Polícia). Na data, a operação tinha 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão a cumprir em MS, PR, GO e RS. Três pessoas não foram localizadas.
Marco Aurélio, também conhecido como “Marquinho”, está preso preventivamente (por tempo indeterminado), acusado de corrupção.
Conforme Claro disse esta manhã, não há conexão entre o trabalho de Horta na Casa e as atividades criminosas investigadas, ligadas a jogos de azar. “A investigação não se trata da Casa”, disse esta manhã, emendando que não havia como o assessor seguir no quadro. “É que o cara não pode trabalhar aqui, né. Você tem uma atividade de fora que chega ao nosso conhecimento. Pediu a conta e acabou, tá resolvido. O máximo que a gente pode fazer com ele é exonerar, nós não temos capacidade punitiva mais do que isso.”
Claro disse que não havia como a Casa ter tomado a iniciativa de desligar o servidor do quadro de comissionados, porque não conhecia os autos, havendo somente informações divulgadas pela imprensa. “A presidência, a Mesa Diretora têm responsabilidade e tem que trabalhar dentro daquilo que a Constituição estabelece. Direito de defesa, direito de manifestação”, mencionou. Conforme ele, não havia como agir. “Porque não tinha nada pra fazer. Não tem comunicado, não tem ofício do juiz, não tem ofício no delegado, não tem nada na Casa.”
Hoje foi a primeira vez que Razuk participou de forma presencial desde a nova fase da Successione. Ele não foi alvo, mas teve o pai, Roberto Razuk, e dois irmãos presos. No dia seguinte, o pai, que tem 84 anos, conseguiu a substituição da prisão pelo monitoramento eletrônico.

