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Política

Empresas querem investir, mas lentidão de Bernal pode comprometer R$ 800 milhões

Leonardo Rocha | 08/06/2013 09:51

Os vereadores que integram a Comissão de Indústria, Comércio e Agropecuária marcaram audiência pública para próxima segunda-feira, a partir das 9h, após receber reclamações de empresários que gostariam de investir em Campo Grande e não são recebidos pelo prefeito Alcides Bernal (PP). A estimativa é de que hámais de R$ 800 milhões em investimentos emperrados, por falta de ação política.

O vereador Edil Albuquerque (PMDB), presidente da comissão, ressaltou que desde o início da gestão de Bernal, os investimentos em Campo Grande estão em declínio, e que a própria Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio) tem apenas uma secretária interina, sem nenhum projeto em análise. “A pasta está parada, existe dificuldades dos investidores em chegar à prefeitura, não há interlocução”, ressaltou Edil. 

De acordo com a assessoria do vereador, o Grupo Pão de Açúcar, interessado em implantar três supermercados na Capital, já tentou vários contatos com o executivo, porém não foram atendidos. “São casos como este que demonstram a falta de preparo da administração, temos que dar incentivos e diversificar nossas fontes de economia”, acrescentou o peemedebista.

A Prefeitura de Campo Grande, porém, nega o fato e garante que representantes do Grupo Pão de Açucar foram recebidos nesta semana. O encontro com o prefeito Alcides Bernal (PP) teria ocorrido na última quarta-feira. "Foi uma visita de cortezia, não houve pedidos das partes", informou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e do Agronegócio, Dharleng Campos de Oliveira.

Falta de credibilidade – A vereadora Carla Stefanini (PMDB), que convocou a audiência pública, destacou que a falta de pagamentos de Bernal a diversos fornecedores também acabam gerando “desconfiança” de empresas que resolvam investir ou prestar serviços ao executivo. “Esta postura tem conseqüências graves para o município, nossa credibilidade está em jogo”.

Carla ainda argumentou que este “calote” feito pela prefeitura gera “instabilidade” nos funcionários, que ficam apreensivos tanto em receber seus salários em dia, como também serem dispensados pelas empresas, que estão sem receber. “Vamos discutir todos estes pontos na audiência de segunda-feira”, ressaltou ela.

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