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Política

Fábio Trad diz que reforma política deve servir às próximas gerações

Edmir Conceição | 09/01/2012 17:55
Fábio Trad: sem receio de colocar o dedo na ferida e apontar erros do sistema político.
Fábio Trad: sem receio de colocar o dedo na ferida e apontar erros do sistema político.

O deputado federal Fábio Trad (PMDB-MS) afirmou que a reforma política deve demorar e os congressistas devem colocar em mente que não há como produzir uma legislação eleitoral que afete a todos os partidos, de olho nas próximas eleições.

A reforma, segundo ele, deve ser pensada para as próximas gerações.

“Gostaria que a reforma tivesse sido aprovada antes de setembro ou outubro de 2011, porque só assim ela poderia surtir efeito em 2012. Mas trata-se de um assunto que interfere diretamente no interesse de todos os partidos. Como são temas muito polêmicos e que envolvem o debate de todos os partidos, é natural que haja certa morosidade no processo de discussão”, afirmou o deputado.

Em recente discurso na Câmara, Fábio Trad defendeu a produção de uma legislação eleitoral “sem receio de colocar o dedo na ferida e apontar os atuais erros do sistema político”. A seu ver, não se deve pensar no resultado imediato, mas na mudança estrutural, “pensando nas próximas gerações”.

Para o deputado, o primeiro desafio é o de sensibilizar a população para a importância da reforma política, porque as distorções do sistema político eleitoral provocam um distanciamento cada vez maior entre eleitor e eleito, “corroendo a credibilidade da atividade política”.

Fábio Trad analisa que a reforma tem que combater a influência do poder econômico no processo eleitoral. “O poder econômico nas eleições é determinante. São raros, raríssimos, os deputados eleitos por voto de conceito. A grande maioria, infelizmente, submete-se a lógica perversa do sistema, gerando injustiças gritantes”, diz.

Consenso - Em alguns pontos há consenso no Congresso Nacional. É o caso do financiamento público exclusivo de campanha. Para a Comissão Especial de Reforma Política, esse instrumento dará mais “independência” aos mandatos eletivos e permitirá o acesso aos cargos por parte de pessoas que hoje estão distantes do jogo político.

Ainda não está clara, no entanto, a maneira de distribuição dos recursos. Há divergências importantes sobre quanto cada candidato receberá e se o cargo em disputa influenciaria nesse montante. Há, no entanto, a tendência de haver uma parcela dos recursos dividida igualmente entre os partidos e outra distribuída proporcionalmente à quantidade de parlamentares eleitos pela legenda.

É certo ainda que haverá, no parecer, algum instrumento para ampliar a participação feminina na composição da Câmara e do Senado. A bancada feminina cobra a alternância paritária entre os gêneros, mas há dificuldade de consenso para a alternativa.

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