Livro joga suspeita sobre deputados federais de MS
Lançado ainda no calor da Operação Uragano, investigação que sacudiu as estruturas da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, o livro a "Máfia de Paletó", do jornalista, secretário de Governo e de Comunicação da Cidade, Eleandro Passaia, afirma, taxativamente, que parlamentares federais cobram "retorno" financeiro pelo dinheiro que conquistam do Orçamento Federal para investimento na cidade.
O Campo Grande News obteve o texto original, com denúncias envolvendo também os deputados. De tudo que já foi escancarado sobre a corrupção na cidade, essa é a principal novidade das cerca de cem páginas escritas por Passaia sobre o escândalo do qual foi o pivô, atuando como uma espécie de agente infiltrado da Polícia Federal nos gabinetes de Dourados.
Na apresentação do livro, ele pede desculpas à população de Dourados, por ter feito parte da campanha do prefeito Ari Artuzi (PDT), hoje preso, e por ter, durante mais de ano, ter defendido a administração dele, primeiro na comunicação e depois na Secretaria de Governo.
Passaia diz que acreditava no que Artuzi dizia. "Mudei de ideia quanto ultrapassei a antesala dos acordos políticos e encarei a "máfia" que se esconde nos gabinetes", justifica.
A máfia descrita por Passaia é formada - além do próprio prefeito, de secretários, vereadores, servidores e empresários