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Política

Passagem para mulher de deputado provoca discórdia entre peemedebistas

A maioria da bancada federal é contra a decisão da Mesa Diretora

Juliene Katayama | 28/02/2015 12:40
Integrante da Mesa Diretora, Madetta votou contra a medida (Foto: Reprodução Facebook)
Integrante da Mesa Diretora, Madetta votou contra a medida (Foto: Reprodução Facebook)

Os deputados federais Geraldo Resende e Carlos Marun, ambos do PMDB, estão desconexos sobre o pagamento de passagens aéreas para as mulheres de deputados federais. Enquanto um diz que a bancada federal do Estado ainda vai decidir, outro é favorável ao benefício.

“A bancada de Mato Grosso do Sul vai tomar decisão coletiva, a nós não interessa esse ganho”, afirmou Resende. Por outro lado, Marun concordou com o benefício. “O parlamentar tem direito a passagem e se um parlamentar tiver que ficar um fim de semana trabalhando em Brasília qual o problema da mulher ir visitá-lo”, explicou.

Na avaliação de Resende, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi infeliz em tomar essa decisão. “É um desserviço ao parlamento. Há um arrocho com medidas duras que tira os direitos dos trabalhadores. O presidente não foi feliz ou cedeu a pressões, e isso acelera o processo de desmoralização”, pontuou.

Já Marun diz acreditar que a desmoralização pode surgir de pessoa má intencionada. “Pessoa má intencionada está caindo no conto para desmoralizar o parlamento num momento importante que é CPI da Petrobras”, disse o suplente do PMDB na comissão parlamentar.

Bancada – Os parlamentares petistas Vander Loubet e Zeca do PT abriram mão do benefício. Loubet ressaltou que o deputado não é obrigado a utilizar. “Foi uma decisão da Mesa Diretora, mas eu não vou utilizar. A decisão da Mesa não significa que o parlamentar deva utilizar”, pontuou.

"Quero deixar claro, que não utilizarei desta regalia, por entender que as passagens para cônjuges não se materializam não alçada de um mandato parlamentar, pago com dinheiro público", afirmou Zeca.

Tereza Cristina (PSB) postou em sua página no Facebook que é contra a decisão da Mesa Diretora. “Eu não trarei meu marido a Brasília com passagens pagas pelo Congresso Nacional. Se ele vier para cá, assim como já aconteceu em outras ocasiões, ele virá por conta própria”, postou.

O deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM) é integrante da Mesa Diretora e votou contra o benefício. Além do democrata, Luiza Erundina (PSB-SP) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) também votaram contra.

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