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Política

Prisões fortalecem e dão alívio para governo Temer, dizem deputados

Executivos da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud, foram presos ontem (10), após decisão do STF

Leonardo Rocha | 11/09/2017 11:22
Geraldo Resende e Carlos Marun, durante agenda pública (Foto: Divulgação)
Geraldo Resende e Carlos Marun, durante agenda pública (Foto: Divulgação)

Deputados de Mato Grosso do Sul que fazem parte da base do governo Michel Temer (PMDB), admitem que a revisão da delação premiada e as prisões de Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos da JBS, fortalecem e dão um "alívio" para o Palácio do Planalto, que segundo eles, poderá tocar seus projetos e reformas.

Carlos Marun (PMDB), um dos aliados de Michel Temer, disse que as prisões decretadas ontem (10), pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, se tratam de um resultado natural, do que ele descreve como "farsa" e "fraude" montada pela empresa, por meio de delação firmada com a Procuradoria-Geral da República.

"Desde o começo esta delação tinha questionamentos sérios, me estranha que tenha demorado tanto para aparecer esta relação suspeita entre Marcelo Miller e os donos da JBS, no final de maio já tinha pedido ao (Rodrigo) Janot uma investigação sobre isto. Era uma crônica de tragédia anunciada", disse o peemedebista.

Marun diz que a investigação deve continuar, para saber sobre como foi feita esta delação, mas reconheceu que as prisões são vitórias para o governo Temer. "Quando um inimigo se enfraquece, o outro lado se fortalece".

Para Geraldo Resende (PSDB), que faz parte da base de sustentação, inclusive as provas contidas na delação sofrerão questionamentos e podem deixar de ser válidas. "Uma situação muito crítica, com uma delação contestada e prisões, tendo a possível participação irregular do ex-procurador Marcelo Miller, algo grave".

O tucano também reconhece que o momento traz "alívio" para o governo federal, que poderá começar a discutir projetos importantes da sua gestão, inclusive as reformas. A base inclusive já se planeja para voltar a discutir as mudanças na previdência no mês de outubro, depois da votação da reforma política, que ainda está na Câmara dos Deputados.

Prisões - O empresário Joesley Batista e o ex-executivo da JBS Ricardo Saud se apresentaram ontem a tarde (10) à sede da Polícia Federal em São Paulo (SP) e seguem para Brasília. Ambos tiveram a prisão temporária decretada pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O pedido ao STF foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na sexta-feira (8). Além de Joesley e Saud, Janot pediu a prisão do ex-procurador da República, Marcelo Miller.

Edson Fachin decretou o encarceramento temporário dos empresários e negou a detenção do ex-procurador Marcelo Miller. Os benefícios dos dois colaboradores estão suspensos por até cinco dias, enquanto durar o encarceramento temporário.

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