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Política

Protesto por salários tem agressão de primeira-dama a servidor municipal

Funcionários municipais de Rio Negro estão sem receber desde outubro

Nadyenka Castro | 26/12/2012 15:29
Servidores em manifestação por salários. (Imagem: O Povo na TV/ SBT MS)
Servidores em manifestação por salários. (Imagem: O Povo na TV/ SBT MS)

Protesto de servidores municipais de Rio Negro, a 144 quilômetros de Campo Grande, por salários, teve agressão da primeira-dama a um dos manifestantes. O caso foi parar na Polícia.

De acordo com o assistente administrativo Denilvan Ferreira de Carvalho, 43 anos, funcionários da Prefeitura estão sem receber os salários de outubro, novembro e dezembro. Para pressionar o prefeito, Joaci Nonato Rezende (PT) a fazer os pagamentos, aproximadamente 40 trabalhadores fizeram manifestação no último sábado (23).

“Fomos na prefeitura, como ele [prefeito] não estava lá e nenhum assessor, fomos até a frente da casa dele”, conta Denilvan. Com megafone e cartazes, os servidores questionavam onde estava o dinheiro da folha de pagamento.

Além de prefeito, Joaci é dono de um mercado e os manifestantes perguntavam aos funcionários do comércio se eles estavam com salários atrasados.

Em um determinado momento, o prefeito e a primeira-dama, Vera Lúcia, saíram da residência. Vera abriu o portão e foi direto para cima de Denilvan, conforme mostram imagens feitas pela TV Campo Grande/SBT MS.

O assistente administrativo foi empurrado e agredido com tapa. O prefeito interveio na agressão e levou a esposa para dentro de casa.

Denilvan registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. O caso é tratado como injúria real. À Polícia, ele contou que por causa da agressão ficou com ferimento em um dos olhos e precisou de atendimento médico.

O prefeito também procurou a Polícia. O registro de perturbação do sossego do foi feito duas horas após o de Denilvan.

Segundo o servidor, o 13º foi pago, assim como os salários dos contratados e comissionados. De acordo com Denilvan, em conversa com os servidores, o prefeito disse que o repasse para o município não foi feito, mas, eles verificaram que a prefeitura recebeu dinheiro. “O dinheiro simplesmente sumiu”, fala o trabalhador.

Conforme o assistente administrativo, os mercados não vendem mais ‘fiado’ para os trabalhadores, que também não conseguem mais empréstimos. “Os armários estão vazios”, resume.

A reportagem tentou contato com o prefeito, mas ele não foi localizado.

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