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Política

Uso de gás paraguaio pela Prefeitura de Paranhos será denunciado ao MP

Zemil Rocha | 08/07/2013 16:45
Botijão de gás não tem marca, segundo os vereadores (Foto: Divulgação)
Botijão de gás não tem marca, segundo os vereadores (Foto: Divulgação)

Botijões de gás de origem desconhecida, possivelmente comprados no Paraguai, estão sendo utilizados em pelo menos dois órgãos da Prefeitura de Paranhos, na fronteira de Mato Grosso do Sul. A denúncia será apresentada amanhã por três vereadores, inclusive o presidente da Câmara, ao Ministério Público.

O botijão de gás de cozinha paraguaio custa quase a metade do preço do brasileiro. Enquanto o nacional é vendido em Paranhos por R$ 45,00 a R$ 50,00, no vizinho Paraguai é comprado por R$ 28,00 a R$ 30,00. “É bem mais barato, mas é diferente do brasileiro e não oferece segurança nenhuma”, afirmou o vereador Hélio Acosta.

Os vereadores Hélio Acosta, Paulo Rufino e Romaldo Zonato, este último presidente da Câmara, todos do PSDB, receberam informações de que botijões paraguaios estariam sendo utilizados por órgãos da prefeitura. O PSDB é a bancada majoritária da Câmara, com cinco dos nove vereadores. O prefeito Júlio Cesar de Souza é do PDT.

A primeira visita foi ao Posto de Saúde Municipal e lá houve a constatação de que o botijão tinha origem duvidosa, por não ter marca, embora a coordenadora tenha afirmado que o produto tinha sido adquirido no Mercado Apolo, em Paranhos. Os três vereadores seguiram então para outros órgãos públicos e encontraram mais um botijão irregular no CRAS.

Para os vereadores, a compra de botijões de gás sem procedência definida, sem nota fiscal, pode configurar crime de improbidade administrativa. “É irregular. Não vão ter nota fiscal”, apontou Acosta. Caso seja confirmada a origem paraguaia, pode-se estar configurada a prática de crime de contrabando ou descaminho.

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