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Política

Vereador é afastado e passa a usar tornozeleira por fraudes em Terenos

Glagau e dois empresários estão proibidos de acessar qualquer dependência da prefeitura da cidade

Por Lucia Morel | 25/11/2025 16:55
Vereador é afastado e passa a usar tornozeleira por fraudes em Terenos
Arnaldo Godoy Cardoso Glagau, empresário e vereador afastado de Terenos. (Foto: Reprodução)

Alvos da Operação Spotless, que levou à prisão e à saída do então prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke, três empresários, entre eles um vereador do município que agora teve o afastamento determinado, passaram a usar tornozeleira eletrônica em decisão do desembargador Jairo Roberto de Quadros.

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O vereador Arnaldo Godoy Cardoso Glagau, de Terenos, foi afastado do cargo e passou a usar tornozeleira eletrônica por determinação do desembargador Jairo Roberto de Quadros. A medida também se estende a outros dois empresários envolvidos em esquema de fraudes em licitações no município.Os investigados são acusados de participar de fraudes em 11 processos licitatórios, que movimentaram R$ 16,5 milhões. O caso é desdobramento da Operação Spotless, que já havia resultado no afastamento do então prefeito Henrique Wancura Budke, acusado de transformar a prefeitura em "balcão de negócios".

Arnaldo Godoy Cardoso Glagau, empresário e vereador afastado; Rinaldo Cordoba de Oliveira; e Rogério Luís Ribeiro serão monitorados eletronicamente e estão proibidos de acessar qualquer dependência da Administração Pública Municipal de Terenos. Também ficam impedidos de manter contato com outros denunciados e de participar de licitações ou contratar com o Poder Público.

Nenhum dos três havia sido preso quando a operação foi deflagrada, em setembro deste ano. A publicação no Diário Oficial, obtida pelo Campo Grande News, não detalha os argumentos apresentados pelo Ministério Público para solicitar o monitoramento.

Glagau é dono da Agpower Engenharia; Rogério controla a Marsoft Informática, Construções e Serviços; e Rinaldo é responsável pela Tecnika Construção e Locação de Equipamentos Ltda. Todos são denunciados no esquema de fraudes em licitações do município.

Denúncia – Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Budke transformou a prefeitura em um “balcão de negócios” para fraudar contratos e desviar recursos públicos. O órgão afirma que os esquemas continuaram mesmo após a Operação Velatus, deflagrada em agosto do ano passado e que deu origem aos desdobramentos da Spotless. Para a acusação, o grupo “acreditava na impunidade”.

A denúncia aponta que 11 processos licitatórios foram fraudados, sempre com negociação de propina e acertos para direcionar vencedores. O valor movimentado chegou a R$ 16,5 milhões entre contratos iniciais e aditivos. As licitações envolviam obras públicas, como reformas de ESFs (Estratégia Saúde da Família), escolas, calçadas e pavimentação. As empresas se revezavam para que todos os envolvidos fossem beneficiados.

Além de Budke, também foram denunciados: Arnaldo Godoy Cardoso Glagau, Arnaldo Santiago, Cleberson José Chavoni Silva, Daniel Matias Queiroz, Edneia Rodrigues Vicente, Eduardo Schoier, Fábio André Hoffmeister Ramires, Felipe Braga Martins, Fernando Seiji Alves Kurose, Genilton da Silva Moreira, Hander Luiz Corrêa Grote Chaves, Isaac Cardoso Bisneto, Leandro Cícero Almeida de Brito, Luziano dos Santos Neto, Maicon Bezerra Nonato, Marcos do Nascimento Galitzki, Nádia Mendonça Lopes, Orlei Figueiredo Lopes, Rinaldo Córdova de Oliveira, Sandro José Bortoloto, Sansão Inácio Rezende, Stenia Sousa da Silva, Tiago Lopes de Oliveira e Valdecir Batista Alves.

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