Vereadores aprovam novo nome para estádio das Moreninhas
Projeto reconhece apelido tradicional “Toca do Leão” e resgata história do clube e da comunidade
A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, em regime de urgência, na sessão desta quinta-feira (4), o projeto de lei que acrescenta o apelido popular “Estádio das Moreninhas – Toca do Leão” à denominação oficial do estádio localizado no Parque Jacques da Luz, no bairro Moreninha III. A proposta altera a legislação municipal para incorporar o nome consagrado pela comunidade e pelo futebol local, sem retirar a homenagem já existente a Adecildo Vieira de Araújo – Mestre Didi.
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A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou projeto que acrescenta o nome popular "Estádio das Moreninhas - Toca do Leão" à denominação oficial do estádio Adecildo Vieira de Araújo - Mestre Didi, localizado no Parque Jacques da Luz, na Moreninha III. O estádio, inaugurado em 2003 com capacidade para 4.500 pessoas, é casa da Associação Atlética Moreninhas, clube que já disputou Copas do Brasil e conquistou títulos estaduais. A alteração reconhece o valor histórico e cultural da expressão "Toca do Leão", preservando a homenagem original a Mestre Didi.
Pelo texto aprovado, o estádio passa a ser denominado oficialmente “Adecildo Vieira de Araújo – Mestre Didi / Estádio das Moreninhas – Toca do Leão”. Segundo a justificativa, a medida reconhece o valor cultural, histórico e esportivo da expressão “Toca do Leão” e sua consolidação como identidade da região e do clube Associação Atlética Moreninhas.
A alteração também preserva integralmente a homenagem a Mestre Didi, instituída pela Lei Municipal n.º 4.593/2007, agregando a nomenclatura popular utilizada por torcedores, entidades esportivas e pela imprensa.
Mines Cezar de Aguiar, presidente da Associação Atlética Moreninhas, destacou que o reconhecimento legal do nome é parte de um processo de memória e identidade esportiva construído junto com o desenvolvimento do bairro.
“Então, acontece que a Moreninha tá fazendo 44 anos. Na época não tinha divertimento nenhum pra gente fazer. Então a gente começou a abrir um campo ali pra mexer com o futebol. E aí a gente fazia muito movimento, porque não tinha onde o pessoal ir”, relembrou.
Segundo ele, a construção do estádio surgiu de um diálogo com o então governador Zeca do PT. “Aí, então, depois o Zeca, do PT, foi governador e eu trabalhava lá, e a gente conversava. Aí ele falou que dava pra fazer um estádio e tal. Aí ele fez o estádio das Moreninhas. Como o nosso símbolo é o Leão, então ele deu a ideia: ‘Então nós vamos fazer o estádio das Moreninhas e a Toca do Leão’.”
A Associação Atlética Moreninhas já disputou campeonatos estaduais e nacionais e acumulou resultados expressivos, o que contribuiu para a projeção do clube e do bairro. “Nós já disputamos Copas do Brasil, já ficamos em terceiro lugar no Estadual, fomos duas vezes campeões sub-17, uma vez campeões sub-20 e campeões do Mercosul. Então, a gente fez um sucesso muito grande, né?”, afirmou Mines.
O dirigente relata que o nome “Toca do Leão” estava inscrito no estádio e foi removido há cerca de seis ou sete anos. “E a gente teve um problema: estava escrito ‘Toca do Leão’ e tiraram o Leão. Não sei como é que tirou, porque o Leão é bravo, mas tiraram”, brincou.
O projeto aprovado pela Câmara argumenta que o uso popular do apelido “Toca do Leão” está consolidado há mais de duas décadas e atende requisitos legais relacionados à preservação da identidade cultural e do patrimônio público.
A justificativa cita que a expressão é amplamente utilizada pela comunidade, clubes e imprensa e que cumpre os critérios de interesse social, histórico e coletivo para fins de reconhecimento oficial.
A proposta também menciona dossiê apresentado por Mines Cezar de Aguiar, contendo registros, documentos e materiais sobre a trajetória do clube e sua relação com o estádio.
O Estádio das Moreninhas foi inaugurado em 1º de março de 2003, com capacidade para 4.500 pessoas, em partida entre CENE (Centro Esportivo Nova Esperança) e Moreninhas. O local integra o Parque Jacques da Luz e é um dos principais equipamentos públicos esportivos da região sul da capital.
Com a aprovação em plenário, o projeto segue para sanção. A nova nomenclatura passará a valer após publicação em Diário Oficial. Segundo a proposta, o reconhecimento não implica custos adicionais ao município e busca alinhar a lei à identidade já consolidada pela população.




