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Economia

Queda na remuneração reduz safra de milho em 800 mil toneladas em MS

Zana Zaidan | 20/02/2014 16:31
Cotação da saca do milho está 24% menor do que na safra passada (Foto: Arquivo)
Cotação da saca do milho está 24% menor do que na safra passada (Foto: Arquivo)

A queda na remuneração para o produtor de milho de Mato Grosso do Sul vai reduzir em 800 mil toneladas o volume na safrinha do ciclo 2013/2014. A estimativa da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja) é que o volume recorde colhido no ano passado, de 7,8 milhões de toneladas, caia 10%.

A redução é uma reação dos produtores ao preço pago pela saca de milho. A cotação no Estado gira em torno dos R$ 19,90, 24% menos do que os R$ 24,62 do mesmo período de 2013. O valor dos contratos futuros – quando o milho é negociado de forma antecipada para ser comercializado em meados de agosto - também não aponta cenário otimista: está na casa dos R$ 16,50, contra os R$ 19 da safra passada.

A precificação, explica o presidente da Aprosoja/MS, Mauricio Saito, reduz os investimentos em variedades de milho, o que diminui a produtividade nesta safra de 83 sacas por hectare para 78.

A área plantada no Estado, por outro lado, será mantida: são 1,5 milhão de hectares, a mesma do ciclo anterior. “O produtor não deixou de plantar, apenas comprou sementes com custo menor, para manter o equilíbrio entre os gastos e os custos de produção. A consequência é a queda da produtividade e, com isso, a redução do volume colhido”, sintetiza Saito.

Antecipação do plantio – A antecipação da colheita da soja, principalmente nos municípios produtores do Sul do Estado, acelerou o plantio do milho safrinha - 45% da área destinada ao cultivo do grão já foi plantada, o equivalente a 707 mil hectares da área total. Em fevereiro de 2013, a área colhida era 8% menor. Ao mesmo tempo, 56,2% da soja já foi colhida, e soma 1,2 milhão de hectares, do total de 2,2 milhões dedicados ao cultivo.

“Assim que as máquinas retiram a soja do campo, na sequência, as plantadeiras aceleram para lançar o milho safrinha. Este é o período de mais trabalho nas lavouras”, conclui Saito.

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