ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 28º

Economia

Maracaju sofre com perdas nas lavouras do milho safrinha

Paula Vitorino | 06/07/2011 09:04

Período de seca e geadas são principal causa

Após os prejuízos com a produção de soja no início deste ano, devido as constantes chuvas, agora o inverno deve causar perdas na safra de milho do Estado de até 200 milhões, segundo pesquisa da Fundação MS. A estimativa é que a média produtiva sofra queda de até 20% em todo Estado.

Desta vez, a região enfrenta um período de seca por mais de 40 dias, seguido de baixas na temperatura e registro de geadas nas últimas semanas. Maracaju é o município considerado como maior produtor de milho safrinha do Mato Grosso do Sul e o que deve ser mais afetado, com perdas de mais de 38 milhões.

Sidrolândia, Rio Brilhante e a região da Grande Dourados engrossam a lista dos municípios que sofrem com o frio. As plantações ocorridas depois de 15 de março são as que mais sofreram com os danos e podem representar uma quebra de produtividade em torno das 612 mil toneladas de grãos em mais de 300 mil hectares afetados.

No entanto, a Fundação MS afirma que ainda é cedo para mensurar com exatidão as perdas. As chuvas que ocorreram após as geadas dificultam os levantamentos e a previsão de geada para esta semana ainda pode aumentar os danos nas áreas já afetadas.

Economia - Pelo menos 82% do dinheiro que circula em Maracaju é em virtude da agricultura e, por isso, os prejuízos na safra afetam diretamente a economia do município. O prefeito Celso Vargas esteve em Brasília nesta terça-feira (5) buscando investimentos para a educação e disse que o efeito cascata é sentido em grandes proporções em todos os setores.

“O produtor despeja uma quantidade enorme de dinheiro na economia e ainda investe na produção e derepente com a perda da produção, perdemos todos”, disse, lembrando que deve haver novamente uma ação conjunta para aliviar os danos.

Já o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Eduardo Riedel, defende ações de prevenção para diminuir os prejuízos dos produtores. Segundo ele, a única saída em proteção ao produtor é investir em melhor política de segurança, já que a agricultura sofre diretamente com os impactos climáticos.

“As perdas só não são maiores porque o produtor desfruta hoje de alta tecnologia. O seguro rural é uma saída”, comentou.

Nos siga no Google Notícias