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Capital

Júri vê acidente como lesão corporal e adia sentença de motorista

Aderivaldo era acusado de tentar matar três jovens num acidente em 2013, no entanto, juiz desclassificou tese de homicídio

Luana Rodrigues | 29/09/2017 17:59
Aderivaldo está sendo julgado por tentativa de homicídio qualificada (Foto: André Bittar)
Aderivaldo está sendo julgado por tentativa de homicídio qualificada (Foto: André Bittar)

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, decidiu adiar a sentença de Aderivaldo de Souza Ferreira Júnior, 29 anos. Ele era acusado de tentar matar três jovens num acidente, em 2013. No entanto, a Justiça considerou que o caso deve ser analisado como lesão corporal e solicitou laudos complementares que apontem a gravidade das lesões causadas nas vítimas.

Conforme consta nos autos do processo, por maioria dos votos, o Conselho de Sentença acolheu a tese da defesa e desclassificou o crime de homicídio para lesão corporal. Sendo assim, a sentença do caso poderia ter sido proferida hoje.

No entanto, o juiz considerou que como as vítimas sofreram lesões com grau de gravidade diferenciado, é necessária a realização de exames complementares que apontem o grau exato das lesões.

Caso - Aderivaldo era acusado de tentar matar três jovens depois de bater o veículo que conduzia em um poste, na rua Ceará esquina com a rua Amazonas, no bairro Santa Fé, há quatro anos. O acidente aconteceu no dia 3 de agosto de 2013.

O caso ganhou repercussão, porque além do motorista estar embriagado, uma das ocupantes do veículo, Catarina Rosa Mantovan, na época acadêmica de direito com 19 anos, ficou em estado grave e após receber alta precisou aprender a andar e a falar novamente.

Tanto Lucas quanto a outra vítima, Otávio Cotte, relataram que no dia do acidente, os quatros passaram mais de 5 horas consumindo bebida alcoólica, que começou em uma conveniência e se estendeu para um bar. Foram várias latas de cerveja e garrafas de vodca e uísque. "Já no carro, um pouco antes do acidente, eu apaguei. Lembro apenas de ver sangue e a movimentação dos socorristas”, relata Lucas que garante não guardar mágoa do motorista.

Na época, Lucas quebrou o fêmur das duas pernas, fraturou o braço, a clavícula e teve cortes no rosto. Ele ficou 18 dias internado. Quando retomou a rotina, perdeu o emprego e ficou 1 ano sem trabalhar. Otávio sofreu ferimentos leves. O resultado do julgamento deve sair no fim da tarde de hoje.

Acidente - O acidente aconteceu por volta das 2h, na esquina das ruas Ceará e Amazonas. O condutor do Fiat Uno branco, Aderivaldo, que tinha como passageiros Catarina, Lucas e Otávio, perdeu o controle da direção do veículo e bateu em um poste, em frente a uma farmácia 24h.

Com a batida, o poste de concreto ficou preso a fiação e parte da região ficou sem energia elétrica por oito horas. O veículo ficou completamente destruído.Todos ficaram feridos. Aderivaldo teve um corte na cabeça e foi encaminhado à Santa Casa, de onde tentou fugir, mas foi detido pelos policiais que faziam a escolta. Na época, ele foi preso em flagrante, porém conseguiu responder ao crime em liberdade.

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