Vandalismo no trânsito causa prejuízo de R$ 8 mil por mês na Capital
Na Rua 13 de Maio, comerciante, portadora de necessidade especial, conta que placa que destina vaga para deficientes físicos foi retirada
A recuperação de equipamentos depredados pela ação de vândalos, entre as mais comuns, coluna de semáforos e placas dos mais diversos tipos de sinalização, custa entre R$ 5 e R$ 8 mil por mês, segundo informações da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).
O diretor-presidente do órgão, Rudel Trindade, relata que há uma equipe composta por três funcionários, que trabalham com um caminhão, destinada prioritariamente para atender a recuperação de sinalização por conta da ação de vândalos. Todos os dias eles são acionados.
“Na avenida Eduardo Elias Zahran as colunas dos semáforos haviam sido pintadas recentemente e vândalos colaram propaganda em todas ao longo da via. Cada uma custa R$ 150. Teremos que recuperar todas na Zahran”, relatou.
"Sempre que é possível identificar o autor, abrimos boletim de ocorrência", completa.
Em relação às placas, Rudel conta que a depredação é variada. Os criminosos dobram as placas, picham e arrancam. Uma placa de Pare, por exemplo, custa R$ 140.
Ainda segundo o diretor-presidente da Agetran, além do prejuízo financeiro, algumas ações provocam bastante confusão no trânsito como nos casos em que placas que reservam vagas a idosos e portadores de necessidades especiais são arrancadas.
Foi o que ocorreu com a comerciante Maria de Fátima Correa, de 56 anos, proprietária de uma loja que fica na Rua 13 de Maio, quase esquina com a 15 de Novembro.
Portadora de necessidade especial, ela conta que a destinação de uma vaga em frente à sua loja já gerou muitos problemas.
“Já tive que pagar umas três multas e recorri de outras três pelo menos. Agora, disseram que não vou mais ser multada”, conta ela, que tem uma autorização para estacionar na vaga.
Segundo informações da Agetran, vândalos retiraram, na semana passada, a placa que reserva a vaga para deficientes em frente à loja. Alguns dias depois, conta Maria de Fátima, um ponto de parquímetro foi fixado no local.
Agora, ainda conforme a agência de trânsito, uma nova placa deve ser fixada em três dias. Além disso, o órgão afirma que casos semelhantes foram registrados nas ruas Barão do Rio Branco, Antônio Maria Coelho e 15 de Novembro.
A região central de Campo Grande possui 48 vagas reservadas para portadores de necessidades especiais, o que representa 2% do estacionamento. A destinação para idosos corresponde a 118 vagas (5%).
“Gostaria que as vagas pudessem ser utilizadas por deficientes e idosos em conjunto. Estou em fase produtiva e preciso disto”, comenta Maria de Fátima. Outro problema, para ela, comum, é notar motoristas que estacionam na vaga para deficientes. “Um desrespeito”, protesta.