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Apesar da Covid, Brasil registrou 12,3 milhões de viagens em 2021

Paulo Nonato de Souza | 06/07/2022 13:16
Saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande em outubro de 2020. A pesquisa mostra que 99,3% dos deslocamentos em 2021 ocorreram dentro do Brasil (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande em outubro de 2020. A pesquisa mostra que 99,3% dos deslocamentos em 2021 ocorreram dentro do Brasil (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Em 2021, mesmo com a pandemia em plena atividade no mundo, o turismo realizado por brasileiros somou 12,3 milhões de viagens, com 99,3% dos deslocamentos dentro do Brasil. Somente os gastos das viagens nacionais com hospedagem somaram R$ 9,8 bilhões. Os dados são de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira, 06, pelo Ministério do Turismo.

De acordo com o levantamento, o setor de hospedagem foi responsável pela maior parte dos gastos realizados nas viagens dos brasileiros em 2021. Em média, o gasto foi de R$ 1.292, enquanto o gasto de alimentação foi de R$ 501 e o de transporte chegou a R$ 442.

O impacto da pandemia de Covid-19 nas viagens realizadas no país foi de 41% em dois anos. Isso porque o registro de viagens no país passou de 20,9 milhões em 2019, para 12,3 milhões em 2021. Já em 2020, foram registradas 13,6 milhões de viagens.

Por conta da pandemia, a tendência de turismo de proximidade, em que os viajantes percorrem curtas distâncias principalmente de carro, está refletida nos dados. Cerca de 57,2% das viagens realizadas em 2021 foram em carro particular, 12,5% em ônibus de linha e 10,2% de avião.
 A maior parte das viagens foi motivada por questões pessoais (85,4%), seguida de motivos profissionais (14,6%). O levantamento mostra que a recomendação da época para realizar apenas viagens essenciais não surtiu muito efeito. Os principais motivos pessoais de viagem são lazer (35,7%), visitas a parentes ou amigos (32,5%) e tratamento de saúde (19,6%), onde estão incluídos os trajetos feitos para consultas médicas, internações ou cirurgias e atendimento psicológico.

Em relação à motivação das viagens à lazer, destinos de sol e praia perderam espaço para destinos de natureza, ecoturismo ou aventura, que são apontadas também como tendência para o cenário pós-pandemia: 48,7% das viagens foram motivadas pela busca de destinos de sol e praia. Já em relação ao turismo de natureza, a modalidade alcançou a preferência de 25,6% dos viajantes, índice superior ao registrado em 2020 (20,5%).

Já a viagem motivada por cultura e gastronomia, com acesso a patrimônio histórico e cultural, também registrou aumento e aparece em terceiro lugar tanto em 2021 (16%) como em 2020 (15,5%).

Sobre o perfil econômico dos viajantes, 33,1% das viagens realizadas em 2021 ocorreram em domicílios com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos. Já entre aqueles com renda per capita abaixo de meio salário mínimo, esse percentual foi de 7,7% no mesmo ano.

A pesquisa também revela que uma em cada cinco viagens (20,6%) teve São Paulo como destino, o mais procurado do país. Minas Gerais (11,4%) e Bahia (9,5%) aparecem, respectivamente, na segunda e terceira colocação.

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