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Capital

Grupo achou que policial estava morto e Dirceu foi vítima de execução

Graziela Rezende | 10/02/2014 11:48
Delegados falam sobre encerramento do inquérito policial. Foto: Marcos Ermínio
Delegados falam sobre encerramento do inquérito policial. Foto: Marcos Ermínio

A Polícia indiciou sete pessoas por envolvimento na morte do investigador Dirceu Rodrigues dos Santos, 38 anos, ocorrida há 12 dias, em Campo Grande. Hoje, o resultado pericial apontou que a vítima morreu com três tiros, sendo que um deles atingiu o abdômen e outros dois foram disparados à queima-roupa, na cabeça. Já o policial Osmar Ferreira, 39 anos, recebeu um golpe “mata leão”, no qual eles acreditaram que ele havia sido morto.

“Este crime foi cometido para assegurar a impunidade de um anterior, que foi o roubo da jóia avaliada em R$ 80 mil. O travesti Alexsandro Gonçalves Rocha, 19 anos, no último momento, não quis entregar a corrente e então contou com a ajuda do irmão, Alexandre Gonçalves Rocha, 21 anos, para imobilizar e asfixiar Osmar”, diz o delegado João Reis Belo, presidente do inquérito policial.

Neste momento, ambos ainda contaram com a ajuda de outros comparsas, incluindo um adolescente de 15 anos. “Eles realmente acreditaram que Osmar estivesse morto, porém ele apenas desmaiou e depois recobrou a consciência. Eles então saíram da casa e Dirceu, que estava baleado no abdômen e com a mão no asfalto, foi ferido novamente”, conta o delegado Jairo Carlos Mendes, que também participou das investigações.

Caído no solo, Alexandre friamente entrou no veículo do policial e pediu para um adolescente de 15 anos assumir a direção. Ambos pararam bem próximo a vítima e, com o revólver cautelado de Dirceu, o executaram com mais dois tiros. “Não temos dúvidas de que se trata de uma execução primária, de um servidor do Estado, por isso tamanho empenho da Polícia e a pronta resposta à sociedade”, diz o delegado Tiago Macedo dos Santos, outro envolvido nas investigações.

Na ocasião, eles ainda contaram com a ajuda de Giovani de Oliveira Andrade, 18 anos, os irmãos Cleber e Renato Ferreira Alves, ambos de 21 e 36 anos, respectivamente. Outra pessoa indiciada foi Lúcia Helena Barbosa, 50 anos, mãe do travesti Alexia e de Alexandre e que escondeu a corrente no seu guarda-roupa.

Cada qual com a sua participação, os envolvidos responderão pelo homicídio, lesão corporal dolosa, referimento aos ferimentos causados no policial Osmar, receptação dolosa, porte ilegal de arma, resistência e possivelmente a corrupção de menores. A pena pode ser superior a 20 anos.

Crime - Dirceu foi baleado com dois tiros na testa e na nuca,no bairro Campo Nobre, em Campo Grande. O bando ainda levou o carro onde ele estava, segundo informações preliminares. Ele investigava com Osmar o roubo de jóias e armou um "falso programa" com o travesti para recuperar o bem.

Autor do homicídio é reincidente no crime. Foto: Marcos Ermínio
Autor do homicídio é reincidente no crime. Foto: Marcos Ermínio
Travesti foi o único a negar participação na morte. Foto: Marcos Ermínio
Travesti foi o único a negar participação na morte. Foto: Marcos Ermínio
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