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Economia

Celulose volta ao auge, contrata 700 pessoas e revive economia de cidade

Mariana Rodrigues | 03/04/2016 11:58
Construção Civil ainda é um dos setores que mais contrata. (Foto: Correio de Três Lagoas)
Construção Civil ainda é um dos setores que mais contrata. (Foto: Correio de Três Lagoas)

A duplicação de duas fábricas de celulose em Três Lagoas, município 338 quilômetros a leste de Campo Grande, voltou a movimentar a economia do município, refletindo na geração de renda e aumento da oferta de empregos. Ao todo, as duas empresas juntas já somam mais de 700 contratações, com perspectiva de aumentar esse número em 2017.

O município de Três Lagoas passou por momentos difíceis em 2014, quando a Petrobras rescindiu contrato com consórcio responsável pela construção da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados). Nesse período muita gente ficou desempregada e os fornecedores acabaram ficando sem receber devido ao bloqueio de bens da empresa.

Dois anos depois, a cidade já começa a se reerguer e gerar empregos. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), Três Lagoas é o segundo município do Estado na geração de emprego em fevereiro, com saldo de 120 vagas abertas.

Devido ao avanço da construção da nova linha de produção de celulose da Fibria, a empresa brasileira na produção de celulose de eucalipto, ampliou sua base de funcionários. Só na área de Silvicultura, a empresa contratou mais de 400 pessoas, entre julho e dezembro de 2015, para atuar diretamente na formação de florestas visando atender a demanda do Projeto Horizonte 2.

Um dos exemplos dessas contratações é a engenheira civil Fabiana Lisboa, que mora em Três Lagoas há seis anos. Ela ficou desempregada por mais de um ano, mesmo com experiência e formação. "Senti os efeitos da crise econômica antes de ser contratada pela Fibria. Eu e minha família chegamos a investir em outras áreas", diz.

Fabiana Lisboa, chegou a ficar mais de um ano desempregada. (Foto: Divulgação/Fibria)
Fabiana Lisboa, chegou a ficar mais de um ano desempregada. (Foto: Divulgação/Fibria)

Inicialmente, a contratação envolveu profissionais de Três Lagoas e das cidades de Brasilândia e Água Clara. Porém a expectativa é de que novas contratações ocorram ao longo deste ano. De acordo com o gerente geral Florestal da Fibria em MS, Tomás Balistiero, o início das operações da nova linha de celulose, previsto para o último trimestre de 2017 deve sustentar os trabalhos. “Aumentaremos significativamente o nosso volume de operações e vamos mobilizar mais pessoas dentro da Silvicultura para essa finalidade”.

De acordo com a Eldorado Brasil cerca de 350 funcionários foram contratados por empresas parceiras e estão trabalhando nas obras de infraestrutura do Projeto Vanguarda 2.0. No pico da construção, que deve acontecer no final de 2017, estima-se a presença de cerca de 10 mil trabalhadores.

Expectativa - Quem está comemorando essa nova fase são os empresários da região. Marcos Antônio Gomes Júnior, 27 anos, é proprietário do hotel Tokyoin, localizado na rua Filinto Muller, ele afirma que o momento já é de melhora, mas a expectativa é que a geração de emprego e renda volte ao normal no meio do ano. "Os preços das diárias, na época em que a UFN 3 fechou estagnaram. Hoje já conseguimos aumentar em 15% os valores das diárias, até mesmo devido a procura que tem crescido".

Marcos acrescenta ainda que Três Lagoas está em uma situação diferente se comparado ao resto do país. "Em outros lugares a economia está retrocedendo, e aqui não há dois anos grandes hotéis na cidade estavam fechando e hoje desistiram da venda".

Capacitação - A Fibria, em parceria com o Senai, está qualificando 100 pessoas, todas moradoras de Três Lagoas. Desse total, 60% serão admitidos no projeto em vagas que exigem qualificação específica.

Essas pessoas vão ocupar vagas que exigem qualificação específica ao invés de abrir captações externas. Dessa forma, o mercado local terá a inserção de mão de obra qualificada para assumir demandas que exijam conhecimentos específicos.

Os profissionais selecionados para as 100 vagas firmaram um contrato de estágio durante todo o período de estudo, em que recebem benefícios como bolsa-auxílio, assistência médica, seguro de vida, transporte para as atividades práticas na Fibria e almoço.

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